domingo, 30 de abril de 2017
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Noite de insônia (Poema de Isabel Furini)
NOITE DE INSÔNIA
o poeta caminha
(na escuridão da noite)
sobre o abismo das letras
no encalço de um poema
ele transforma sua noite em insônia
traça itinerários
(imaginários)
e quando sua insônia encontra
a caneta da inspiração
despencam sobre o caderno
o ódio e o amor.
Isabel Furini
quinta-feira, 20 de abril de 2017
O círculo que o rio não levou
O CÍRCULO QUE O RIO NÃO LEVOU
Observou o círculo. Uma cobra branca, nuvens e fantasmas faziam parte do espetáculo. A cobra era enorme e mordia a própria cauda. Devorava-se (como um homem mastigando seu passado). Pensou em Heráclito. As águas levariam o círculo branco dos sonhos? Cinzelava o rio de Heráclito quando foi deglutido pela cobra. Hoje, ele faz parte do círculo e de sua quadratura.
Isabel Furini
Esse conto foi escrito na oficina de narrativa orientada pelo poeta e escritor Ricardo Corona.
Observou o círculo. Uma cobra branca, nuvens e fantasmas faziam parte do espetáculo. A cobra era enorme e mordia a própria cauda. Devorava-se (como um homem mastigando seu passado). Pensou em Heráclito. As águas levariam o círculo branco dos sonhos? Cinzelava o rio de Heráclito quando foi deglutido pela cobra. Hoje, ele faz parte do círculo e de sua quadratura.
Isabel Furini
Esse conto foi escrito na oficina de narrativa orientada pelo poeta e escritor Ricardo Corona.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
No coração das lembranças - Poema de Isabel Furini
NO CORAÇÃO DAS LEMBRANÇAS
perceber o ritmo do poema
que percorre os corredores da infância
o vô ouvindo música italiana
a vó cuidando das flores do jardim
e meu coração nutrindo-se
com as lembranças.
Isabel Furini
sábado, 15 de abril de 2017
Cruel Guerra - Poema de Isabel Furini
CRUEL GUERRA
Podemos migrar com as aves silenciosas
e negar a investida das armas
contra os inocentes
a humanidade tem um arsenal de mentiras
para justificar
qualquer carnificina
mas quem poderá mascarar
o medo?
esse terror cinzelado nas retinas?
Podemos migrar com as aves silenciosas
e negar a investida das armas
contra os inocentes
a humanidade tem um arsenal de mentiras
para justificar
qualquer carnificina
mas quem poderá mascarar
o medo?
esse terror cinzelado nas retinas?
quarta-feira, 12 de abril de 2017
Desafios - Poema de Isabel Furini
DESAFIOS
Nada a reclamar
nada a declarar
no livro do destino
na trajetória da vida
(esta viagem sem descanso)
somos como navios
navegamos
suportamos tempestades
naufragamos
descansamos
e voltamos a desafiar
as águas do oceano.
Isabel Furini
segunda-feira, 10 de abril de 2017
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