domingo, 31 de dezembro de 2023

Feliz 2024!


Que 2024 traga

palavras amorosas e sorrisos

realizações

e sonhos renovados

que possamos abrir as asas

como as gaivotas 

quando alegremente voam sobre o mar


Isabel Furini

sábado, 30 de dezembro de 2023

O açoite das palavras - Poema de Isabel Furini

Imagem gerada pela IA do Bing

 

esta vida é açoitada

com o açoite das palavras


as palavras de ironia

as palavras desumanas

as cruéis, as violentas

as que ofendem e desprezam

e as palavras insidiosas

ou perversas, que envenenam

como mordidas de cobras

ou picadas de escorpião


se as palavras de ódio

azedam o mel do coração

será preciso urgentemente

curar lesões profundas

domesticar as emoções

e  carregar sobre os ombros

o substantivo AMOR!

domingo, 24 de dezembro de 2023

A porta (Poema de Isabel Furini)

Imagem gerada pela IA do Bing

A Porta 

Isabel Furini


existe uma porta que separa os anos 

:anos de alegria

anos de tristeza 

anos 

anos 

anos 

anos de trabalho 

anos de incerteza 

além dessa porta 

existem imagens 

sorrisos e traumas 

existe o passado que é renovado 

a cada abordagem 

contamos histórias de nosso passado 

como um tornado 

lembrado em palavras 

os fatos se afastam e mudam de rosto 

o ontem é composto das ondas do mar 

no final do ano olhamos a balança 

gratos percebemos 

:

além dos pequenos fracassos

dos tombos, do pranto

estamos em pé, pois sobrou a ESPERANÇA 


sábado, 23 de dezembro de 2023

Isabel Furini: Poesia de Natal

Imagem gerada pela IA do Bing

Poesia de Natal

A Poesia é uma pantera-negra
que se suicida todos os dias depois do meio-dia
mas renasce triunfante
perambula por cidades desconhecidas
buscando rimas para reestabelecer
a ordem deste mundo 

o Natal surge e desamordaça emoções
semeia flores
poetiza cidades e mares
desperta sorrisos
e lota de esperança os corações.

 Isabel Furini

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Típico do Natal

Imagem gerada pela IA do Bing


Natal é sentir
no jardim, a fragrância do jasmim
na cozinha, o cheiro do peru
assando devagarinho
e ver na sala, a árvore enfeitada

Natal
é conjugar o verbo amar

Isabel Furini

domingo, 17 de dezembro de 2023

Espectros nos terraços (Poema de Isabel Furini)

Imagem gerada pela IA do Bing

À meia-noite chegam em bando, os fantasmas

os frenéticos fantasmas que se divertem

açoitando os telhados

falando com as gárgulas

dançando nos terraços


chegam feridos pelas falsas palavras

que conspiram

- los fantasmas desprezam as vozes 

daqueles que possuem um coração

habitado pelas sombras

e uma boca coberta de mentiras


tornou-se este mundo um paradigma do absurdo

no qual as mentiras respiram sem medo

enquanto as verdades aquadas e feridas

(órfãs de palavras, sem defesa)

escondem-se entre os fantasmas

e dançam nas ruas, nos terraços

e nos abismos da vida.


Isabel Furini

Este poema foi publicado na 12º Edição da  Revista Escriba

https://issuu.com/tirodeletrased/docs/revistaescriba_12_ed_black_interativo?fbclid=IwAR1ZHqXjz0_qxxxGeJe1ly4S8PNhcTSgAKPZ9doHomukoS4LehhPYWOCMTs 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Graciela Pucci: Distopia (Cuento en Castellano)

 

Imagem gerada pela IA do Bing

Las alas del amanecer desperezaron los párpados de Eugenia, obligándola a dejar atrás algunas imágenes de un sueño tenebroso.

Los   ojos   de   la   habitación   permanecían   cerrados,   la   oscuridad   era   apenas penetrada por la luz de afuera.

La   música   con   acordes   de   lluvia   trepó   a   sus   oídos   invitándola   a   seguir disfrutando   de   las   imágenes   enredadas   en   su   sueño,   pensó   que   serían apropiadas para algunos de sus cuentos. 

Acomodó la almohada, abrazándola, se disponía a dormir, pero el sonido del teléfono celular no se lo permitió.

No quería abandonar la calidez de su nido-cama-almohada, pero a la vez la curiosidad la ganó.

Tomó el celular, apenas pudo ver sin sus lentes, tenía un mensaje de alguien que no figuraba en sus contactos. No le dio importancia, se acomodó y quiso volver a dormir.

No pudo.

Los acordes de lluvia fueron acompañados por aullidos de viento y la música se tornó un sonido ensordecedor.

Definitivamente abandonó la idea de volver a zambullirse en las imágenes que tanto la habían motivado.

Se acordó  del   mensaje   en   el   celular, con los anteojos  puestos   lo   leyó.   De pronto   reparó   en   la   foto   del   perfil,   estaba   demasiado   pequeña   como   para reconocerla, pero estaba segura de que era él. Sí, definitivamente, al agrandar la   imagen,   vió   que   era   Rolando,   quien   le   preguntaba   si   ella   había   estado caminando por la calle Florida, que el día anterior le había parecido verla, que por eso le había escrito.

El   texto   del   WhatsApp   era   distópico,   comenzaba   con   un   “che”,   sin   saludo previo, ni un “cómo estás, tanto tiempo”. 

Eugenia dejó el teléfono, se desperezó, por un rato siguió escuchando el rumor de la lluvia devenida en llovizna. Un día así invitaba a quedarse en la cama. No estaba  segura   si   responder el   mensaje,   pero  finalmente  escribió:  ¿sabés   a quién le estás enviando esto? Porque yo no estuve en la calle Florida, habrá sido un clon o tal vez un holograma.

La   respuesta   de   Rolando   fue   inmediata   y   autorreferencial,   contando   sus pesares, sin preguntar siquiera cómo había sido la vida de ella en esos quince años transcurridos sin comunicación alguna.

Eugenia se quedó mirando el celular por unos instantes, luego lo arrojó a un costado, se preguntaba cómo tanto tiempo de silencio se había sintetizado en ese mensaje.

 Volvió a tomar el teléfono y eliminó el chat.

El viento sur, danzando con las gotas de lluvia, ayudó a borrar definitivamente todo vestigio de la historia vivida con Rolando hacía más de veinte años y que, lamentaba, ese mensaje había llegado como basura a su mente.

Eugenia  abrazó  la  almohada,  acunada  por  el  rumor  del  clima  de  otoño  en primavera, tratando de continuar con el sueño interrumpido.Intento que no fecundó, de un salto llegó hasta su computadora, la encendió y comenzó a escribir ese nuevo cuento. No necesitó recordar las imágenes, un mensaje de WhatsApp resultó ser más motivador que el sueño tenebroso.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O jardineiro e a morte (Poema de Isabel Furini)

Imagem gerada pela IA do Bing

 

O JARDINEIRO E A MORTE


Açoita o vento

dançam as pétalas - é primavera

o jardim recebe água, adubo

e o sorriso do jardineiro

ele tem no bolso direito

o bispo, a rainha e o rei

de madrugada,  com a morte joga xadrez

e todos os dias ele ganha


mas num escuro canto do jardim

a Morte guarda a gadanha


uma aranha estranha tece

tece

tece

tece

destinos

de repente, a aranha desacelera

finaliza o tecido e cai morta

o jardineiro sente que sua alma esmaece


de madrugada

o jardineiro joga xadrez com a morte

e percebe que seu jogo está perdido

da palma da mão sumiu a linha da vida

perdeu a linha do destino

solta um agudo gemido

e seu espírito retraído voa para aquele jardim

a morte está lá

esperando-o perto do jasmineiro

corta um jasmim e oferece para o jardineiro

e ele compreende que a vida não tem fim.


Isabel Furini

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