quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Poética - Poema de Isabel Furini



O solo vocal do solista
só foi apreciado
pelos outros artistas
o público cansado
despreciou o solo vocal
dizendo que soava tétrico
e derrubava o alto astral

o solo vocal tem a sua poética
mas para ser apreciado
o ouvinte precisa
ter sensibilidade estética.

Isabel Furini
Fotografia de Isabel Furini

Professor Armado - Poema de Isabel Furini

PROFESSOR ARMADO

Se vai ministrar aula, não pode esquecer
levar sua Winchester 243, pra se proteger

Por piedade, que alguém me fale:
em um mundo civilizado
é preciso o professor armado?

Professor armado eu não quero ver.
Como falou o imortal Raul Seixas:
"Pare o mundo que eu quero descer!"

Isabel Furini
(Isabel Furini é poeta e escritora - Contato: isabelfurini@hotmail.com)

Escultura feita de cartuchos de bala.
ARTE PARA A PAZ
Feira de Seattle, Estados Unidos, 2015
Fotografia de Isabel Furini

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Museus - Poema de Isabel Furini

Esse poema foi inspirado em uma palestra da artista e professora Katia Velo.

MUSEUS

Colecionar,
conservar
expor
difundir
possibilitar a contemplação
dos objetos de arte
e dos objetos do passado

recriar momentos
valorizar (de maneira
material
emocional
cultural)

deleitar
vencer o tempo
educar as novas gerações
eternizar
a história das cidades
renovar o olhar
analisar os acontecimento
descobrir detalhes do passado
interpretar os dados
para que não sejam esquecidos
com o zunir dos ventos

Museus são celeiros de conhecimento.

(Poema de Isabel Furini)

Quadro "Eslavos no Museu Paranaense"de Eloir Jr. 






terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Ler? -


- Por que devemos ler  avô?
perguntou o menino.
E o avó respondeu com sapiência:
– Ler, meu querido netinho,
ajuda a compreender o mundo
e estimula a inteligência.

Isabel Furini

Publicado em 11-12- 2008, no Recanto das Letras.





terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Uma pergunta para Jandira (poema de Isabel Furini)

Uma pergunta para Jandira

A poetisa Jandira Zanchi comentou sobre as máscaras que ocultam os desejos primitivos.

neste mar de embustes
e de falsos sorrisos
a maioria joga com cartas marcadas
e aposta em máscaras de bondade

será que temos chances?
nós (poetisas)
que transitamos
por um caminho solitário - sem simulações

nós (poetisas)
que sonhamos e balbuciamos
os nomes das estrelas da constelação de Andrômeda
meditamos os mantras para Lakshmi
e invocamos a força de Minerva
enquanto enfrentamos
a noite, os desertos e os abismos.

Isabel Furini


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Isabel Furini: Museu de Cera Madame Tussauds - POEMA

Museu de Cera Madame Tussauds

A sensação é de fazer parte de um quadro
ao observar os personagens admirados
(estão magnificamente representados
diretores, atores, atrizes, humoristas...)

em uma sala, Edward - mãos de tesoura
nas outras, Lawrence de Arábia, o capitão Picard
Volverine, Charles Chaplin, o deus Thor
Maryl Streep, Patrick Swayze, Snoop Dogg
e atrás da escrivaninha o Poderoso Chefão

misturados na cabeça dos admiradores
estão os personagens e os atores
eles são condutores de sonhos
quase deuses eternizados pela arte.

Isabel Furini

Fotos tiradas no Museu de Cera Madame Tussauds, Hollywood, USA.
O Museu autoriza tirar fotos e tocar as esculturas de cera, menos tocar o rosto.
Calçada da Fama - Hollywood -Foto de Isabel Furini

Isabel Furini 

Isabel Furini

O sábio, o sabiá e o Anjo - Poema de Isabel Furini


O SABIO, O SABIÁ E O ANJO

o sábio e o sabiá sonham 
nos vórtices de universos paralelos

eles entrelaçam as essências
o sábio canta cancões de ninar
e o sabiá ouve em silëncio

enquanto um antigo Anjo de asas luminosas
e de olhar matreiro
os observa com um sorriso bondoso que tritura as sombras
e tritura o tempo

o Anjo, o sábio e o sabiá
ancoram no coraçao da eternidade.

Isabel Furini



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O palhaço - Poema infantil

O PALHAÇO

O palhaço dançava sozinho,
Era um palhaço engraçado,
Ele usava um chapéu pintado
pelo ogro que morava no povoado.

O palhaço era um ótimo mímico.
Ele imitava o rugido do leão
e Frodo, o cachorro medroso,
corria e se escondia no porão.

O palhaço sabia dançar
a dança do escorpião.
Depois assoviava contente
imitando uma serpente.

As crianças riam muito
Desse palhaço engraçado.
E o palhaço era feliz,
Pois ele era muito amado.

Poema de Isabel Furini



Desenho de Van Zimerman

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