sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Abraço (Poema de Isabel Furini)

 

Abraço

passo após passo
ao compasso
do ritmo cardíaco
ultrapasso
as sombras do ocaso
e os precipícios
e abraço
(sem orgulho
e sem medo)
o meu ferido eu.

Isabel Furini


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Publicação coletiva de poemas homenageando O DIA INTERNACIONAL DA PALAVRA

 

Em 23 de Novembro: DIA INTERNACIONAL DA PALAVRA do Museu da Palavra da Fundação César Egido Serrano, faremos uma homenagem poética.

Homenagem ao Dia Internacional da Palavra do Museu da Palavra.
Para festejar o "Dia Internacional de la Palabra", data criada en Espanha, pelo Museu da Palavra da Fudação César Egido Serrano, Isabel Furini e Carlos Zemek criadores do Projeto Poetizar o Mundo , convidam os poetas a participar da Homenagem à PALAVRA COMO VÍNCULO DA HUMANIDADE.
Todos os poemas com esse tema recebidos até 16 de novembro de 2020, serão publicados gratuitamente na Revista Digital Carlos Zemek de Arte e Cultura. 

Atenção: Poemas com mensagens políticas, racistas, ofendendo crenças ou com palavrões não serão publicados.

Todos os participantes receberão Certificado pelo e-mail.

 REGULAMENTO

1)  O poema pode ter até  12 versos (linhas).

2) O tema é A Palavra como vínculo da humanidade, abordando as boas palavras, as palavras que geram harmonia.

3)  Todos os estilos serão aceitos: Trova, haicai, poetrix, soneto, versos livres, versos brancos, outros.

4) Não precisa enviar pelo arquivo, enviar  diretamente no e-mail, sem arquivo. 

5) No final do poema colocar o seu nome, cidade e país. 

6) Enviar até 16 de novembro/2020 para o e-mail: isabelfurini@hotmail.com, será publicado em 23 de novembro/2020 na Revista Carlos Zemek de Arte e Cultura.

7) O poema não precisa ser inédito, mas só serão aceitos poemas com o tema A palavra.

A publicação será coletiva, ou seja, em uma página da revista serão publicados vários poemas.

8) A participação será gratuita.

9) Serão aceitos poemas em espanhol e em português.

Quadro da artista Perla Sar


segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A ostra e o siri (Poema infantil de Isabel Furini - Tema: Bullying)




Cadê o jovem siri?
Cadê a lagosta?
Eles estão brincando
Com a pequena ostra.

A ostra é uma jovem festeira,
Ela é muito bagunceira.
A ostra gosta de cantar
Para as festas animar.
 

Mas quando abre a sua bocarra
Os bichos começam a zombar.
O siri fala que a bocarra
Da ostra parece boca de jarra!
 

Mas a ostra não se ofende
E retruca sabiamente:
- O siri tem corpo achatado
Parece triste e abalado.
 

Riram todos os bichos
E o Siri arrependido,
Disse que a linda ostra
Tinha um tesouro escondido. 

Isabel Furini 



Imagem gerada pela IA do Bing

sábado, 24 de outubro de 2020

No fundo do mar - poema infantil de Isabel Furini

 

NO FUNDO DO MAR

No fundo do mar
tem um mundo diferente:
caranguejos, lagostas
peixes-pedras e serpentes.

Dançam alegres as serpentes,
a tartaruga cochila,
enquanto um polvo-azul
observa muito assustado
que um tubarão se aproxima.

Os bichos fogem ou se escondem
e o local fica tranquilo.
O tubarão se afasta
e o polvo-azul - que é ginasta,
começa a fazer acrobacias.

Os bichos do mar aplaudem
e o polvo-azul sente alegria.
 

Isabel Furini


 



quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Transfigurados - Poema de Isabel Furini

 

 

Transfigurados

à luz da Lua Cheia
as fachadas das casas
e dos prédios
são transfigurados
em barcos encalhados
no oceano
do amor&ódio do mundo.

Isabel Furini


 


 

domingo, 18 de outubro de 2020

Rostos - Poema de Isabel Furini inspirado no quadro de Suzana Lobo

 

 

UM ROSTO

um, dois, três rostos
mil rostos
refletidos no espelho do ontem

todos os rostos conhecidos
permanecem escondidos
no umbigo do mundo

esse umbigo que guarda
imagens distorcidas
pela distância
ou por tristes lembranças

rostos que podem alegrar ou abalar
a latitude dos afetos
enquanto a boca e as palavras perambulam
pelos catetos dos sonhos.

Isabel Furini

                                          Quadro de Suzana Lobo

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A gripe de Aristófanes - Isabel Furini

 

A gripe de Aristófanes                           


Confirmado: Epidemia de gripe AG (de Aristófanes da Grécia,
dramaturgo grego satírico, irônico).

A gripe AG transmite a síndrome satírica,
uma  doença  - crônica,
uma loucura – anacrônica,
uma anomalia – simbólica,
uma tendência – indômita,
uma fraqueza - atávica
prejudica a resposta emocional - vitrifica.
    
O médico literário aconselha:
esterilizar as palavras para evitar que a gripe AG
afete as conotativas
tornando-as cruéis,  afiadas e perversas.


Isabel Florinda Furini

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

El grito oculto (poema en español de Isabel Furini)

 

EL GRITO OCULTO

Reinvento la textura de las emociones
mientras las gaviotas invaden
el cielo de la tarde

el mar intempestivo
tritura los antiguos sueños de amor

encuentros y despedidas
quedaron gravados en las retinas
y en los oídos

renovación es el grito oculto de las olas
y de las gaviotas

la noche provoca mis pasiones
y la Vía Láctea
fortalece mis sueños

delante del mar y de la noche
ensayo un abrazo poderoso

un abrazo inmenso
- quiero abarcar el mundo
con un abrazo lleno de ternura

porque la humanidad sufre tanto
que merece el perdón.

Isabel Furini
 


Imagem gerada pela IA do Bing

Estrada - Poema de Isabel Furini

 





ESTRADA

descalça
caminhei pela longa estrada da vida
e senti
as solas dos pés, os dedos e os calcanhares
acoitados pelas pedras e pelo peso do ontem
então mudei a minha cabeça
arquivei algumas memórias
modifiquei os pensamentos
curei os pés
e decidi usar os sapatos da perseverança

agora caminho pela beirada do abismo interior
recebendo as alfinetadas da solidão
mas eu sei que o caminho vale a pena
pois o aprimoramento do coração não é uma ilusão
- é uma premissa verdadeira. 

Isabel Furini

Imagem gerada pela IA Bing


domingo, 4 de outubro de 2020

Como um condor (poema de Isabel Furini)

 

Ser mais ser – essa ideia dos livros de Platão
renasce em cada amanhecer
cada vez que tento conhecer meu próprio eu

ser mais ser – impulsiona-me
através da ponte da ilusão

ser mais Ser - como o condor
que seus medos mais profundos arrasa
e estende as suas poderosas asas
e avança sentindo a pesada âncora do silêncio
que perpassa suas retinas e seu coração

o condor estende suas enormes asas
e com seu olhar íntegro e agudo
sobrevoa os muros
e invade o infinito.

 Isabel Furini 


Imagem gerada pela IA do Bing

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