sábado, 23 de junho de 2012

Redes (poema de Isabel Furini)


Cuadro de Carlos Zemek "Soñando con un planeta distante". Otros trabajos: http://cazemek.blogspot.com http://cazemek.blogspot.com 

REDES
poema de Isabel Furini


Trampa mortal
 en el mar de sombras.

Hay redes que nos atrapan.

Refleja mi silencio
el movimiento del água
entre mis pies dormidos.

Y esas  montañas,
montañas del olvido
que reviven esperanzas muertas
y anuncian uma aurora nueva
en la desierta ruta del destino.

Poema de Isabel Furini

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A ESPOSA E O MARIDO GAY (Crônica)

Nessa semana tive a oportunidade de ler um caso muito estranho que foi publicado no jornal alemão “Bild”. Depois de 17 anos de casada, Erika, de 53 anos, descobriu que o marido era gay. Os leitores podem dizer que isso não é tão estranho, mas Erika permitiu que Ewald levasse o namorado para morar na sua casa. Lá moram os quatro: Erika, o marido gay, o namorado do marido e o filho de Erika com Ewald.
Muitas pessoas se perguntam quem cozinha, quem lava e passa a roupa, enfim, quem realiza as pequenas tarefas domésticas, e também se não existe ciúme nesse trio composto pela esposa, o marido gay e o namorado do marido.
Neste mundo moderno é muito difícil dizer o que é certo e o que é errado. Afinal, o homem moderno sabe, depois dos estudos de Sigmund Freud, que o homem social é só uma máscara, que somos governados por impulsos, por instintos. O superego fala o que é bom ou ruim, mas algo muito mais profundo sacode a subjetividade humana. Ninguém é santo. Dormem desejos inconscientes em todos os seres humanos.
Esse caso estranho me fez lembrar do filme “Tudo pode dar certo”, dirigido por Woody Allen. A mãe religiosa e moralista chega à cidade grande, fica deslumbrada e decide morar com dois amantes, enquanto o marido dela deixa aflorar sua tendência gay. E no final do filme o velho rabugento chamado Boris Yellnikoff, ( protagonizado pelo ator Larry David) fala que se a vida é tão curta, não devemos julgar, simplesmente devemos tentar ser felizes.
Acho que isso é o que está tentando essa família de Hanover, Alemanha. Não sei se estão certos ou errados, só sei que o mundo mudou e que devemos observar com atenção antes de julgar. Afinal, viver é tão difícil! Como dizia o filósofo Sartre, o mais difícil é assumir a responsabilidade pela própria vida. Nessa luta pela felicidade, pela autenticidade, cada pessoa procura o caminho que acha melhor. Algumas escolhas podem parecer bizarras, estranhas, mas não podemos tirar o direito dos outros de escolherem caminhos diferentes.
Isabel Furini é escritora e poeta premiada, autora do livro de poemas “,,, E OUTROS SILÊNCIOS".

sexta-feira, 15 de junho de 2012


“,,, E OUTROS SILÊNCIOS”
Será lançado no domingo 08 de julho, 11 horas, no auditório do Solar do Rosário o livro de poemas: “,,, E OUTROS SILÊNCIOS”, de minha autoria.
 Joel Samways Neto, escritor e dramaturgo, faz a apresentação da obra e fala: “(...) Como é possível, com tão poucos sinais gráficos, a língua escrita traduzir a língua falada? Ainda não se criou uma escola de psicologia que pudesse analisar, classificar, sintetizar, todas as nuances da personalidade humana. A história das suas teorias é um processo nunca acabado. No entanto, a língua escrita, com poucos sinais gráficos de pontuação, consegue registrar a alma da língua falada, permitindo ao leitor a reconstrução da significação presente no texto lido. E dentre os sinais gráficos de pontuação, a vírgula é dos mais estilísticos.
Porque tem a ver com a respiração, portanto com o controle da narrativa; porque tem a ver com a pausa, o silêncio, portanto com o ritmo da narrativa; porque tem a ver com a ironia, a insinuação, com a ordem inversa, com a elipse, amparando apostos, preparando vocativos...  Só mesmo reticências para enumerar os conteúdos da vírgula.
Isabel Furini buscou as vírgulas para poetizar a memória revisitada, a lembrança celebrada, o passado imperativo. Por vezes explicando, mas com vírgulas, não com dois pontos; doutras vezes, insinuando a transubstanciação da experiência vivida em acervo da alma. Ora confundindo, ora distinguindo, o imaginário e os sonhos, Isabel lavra o terreno fértil da história e faz brotar significados.
Isabel parece falar de si, de sua trajetória, de sua vida.
De sua vida, vírgula. De todas as vidas.
Ora, vírgulas.”

ISABEL FURINI é escritora e poeta premiada. No evento do Solar do Rosário, em 08 de julho, acontecerá também exposição com a participação de 11 artistas com diferentes linguagens, são eles:  Carlos Zemek, Daacruz, Dirce Polli Bittencourt, Di Magalhães, J. Bonatto, Katia Kimieck, Katia Velo, Mari Inês PIekas, Msanori Fukushima (in memoriam), Naotake Fukushima, Sandoval Tibúrcio. Curadoria: Carlos Zemek.  Entrada franca.


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