terça-feira, 30 de abril de 2019

O guanaco e o espelho



O guanaco, encontrou um espelho
E em voz alta falou:
- É curtinha a minha pelagem,
Mas é muito linda a minha imagem.

Eu quero ser modelo.
Eu quero ser muito rico
E morar em um castelo.

A sabia coruja falou:
 - Tenha cuidado,
Meu amigo guanaco.

Porque muitos humanos
Só querem a sua pele
Para fazer casacos.

O guanaco ficou tão assustado
Que quebrou o espelho,
E só ficaram cacos.

O guanaco pensou:
- Prefiro ser modesto,
Não quero ser transformado em escravo.
Eu tenho medo de terminar feito fibras
como o açúcar mascavo.

Isabel Furini

Arte digital de Isabel Furini





segunda-feira, 29 de abril de 2019

Franccis Yoshi Kawa e Helena Douthe lançarão romance nas Livrarias Curitiba


Em 08 de maio (quarta-feira), Helena Douthe e Franccis Yoshi Kawa lançarão o romance "Os Velhacos", nas Livrarias Curitiba do Shopping Jardim das Américas, Av. Nossa Sra. de Lourdes, 63 - Jardim das Americas, Curitiba.

Velhacos, segundo a definição dos dicionários são aqueles que fazem fraudes, trapaças, que são traiçoeiros; que buscam enganar outra pessoa; tratantes; que fingem ser inocentes, mas agem com espertezas.


Esta é a definição dos primeiros componentes das famílias Araújo e Marques, os protagonistas desta saga brasileira de mais de 100 anos, com requintes de argúcia entre vilões que se transformaram em heróis e novos heróis que aparecem com o tempo.

Juliana acreditava na hombridade de seu antepassado, homenageado com uma estátua na praça principal da cidade. Era um herói, até o dia que seu pai resolveu disputar a eleição para prefeito. O opositor, que era de uma família amiga, se transformou em inimigo feroz, vasculhando o passado da família e expondo a verdade escondida. No dia que a estátua de seu trisavô foi derrubada, a bela jovem idealista inicia uma guerra para defender a honra de seus antepassados, debaixo de amor e fogo cruzado. A saga inicia no século XIX e segue até meados dos anos 1970, recheada de aventuras e reviravoltas.
 

AUTORES:

Franccis Yoshi Kawa
Nasceu na Colônia Esperança, no município de Arapongas, no Paraná. Estudou no Colégio Estadual Nilo Cairo, em Apucarana, e no Colégio Estadual Emílio de Menezes, em Arapongas. É formado em Ciências Contábeis pela UFPR. Trabalhou durante 15 anos em empresas de transportes rodoviários de cargas e 20 anos como sócio-gerente de uma empresa do ramo fotográfico. Escreveu o livro Ajoelhar Jamais, da Editora Appris, em coautoria com Helena Douthe. Ocupa a cadeira 38 da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia - Patrono Victor Hugo.

Helena Douthe
É natural de Curitibanos (SC). Graduada em Administração pela PUCPR. Ocupa a cadeira 39 da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia - Patrono Guimarães Rosa. Escreveu o livro “Ajoelhar Jamais”, em coautoria com Franccis Yoshi Kawa. Participou, por duas vezes, publicando seus poemas na Revista Carlos Zemeck – Arte e Cultura. Na Antologia: “Palavra é Arte Poesias”, Projeto Apparere, livro “Sonhei Que…” publicou o poema “Versos Matizados”. Escreveu para o público infantil o livro “As três rosas” (com colaboração de Franccis Yoshi Kawa) que será publicado em 2019. Publica poesias, contos, pensamentos, aldravias e crônicas no site www.recantodasletras.com.br. Romancista, letrista, poetisa, idealista e sonhador


domingo, 28 de abril de 2019

O Anjo ambivalente (Poema de Isabel Furini)




Fotografia de Isabel Furini - Museu Lacma, Los Angeles, Califórnia

O ANJO AMBIVALENTE


Um anjo desceu do lado escuro
da Lua crescente,
e invadiu meu subconsciente
enquanto eu sonhava com as areias do deserto.

Arrebatada perguntei de maneira impertinente:
- Anjo, você acha que no túmulo
acaba a vida como um sol poente?

Sua resposta foi ambivalente:
- Pode ser que a alma continue
ou desapareça no túmulo silente.
Sou um Anjo, nunca esquadrinhei
os meandros da criação divina;
eu não conheço todas as respostas,
mas sou um Anjo e o mundo me fascina.

Depois, apoiou-se no zodíaco de Dendera e falou:
- A vida humana é como uma trilha na selva.
O homem é só um microcosmo e até as paixões
estão escritas com tinta nas estrelas.

São as estrelas as grandes condutoras
deste Universo de papel e fantasia
que ancora sonhos e esperança e amor e ódio e poesia.

É preciso ser um leitor das estrelas muito atento,
perscrutar o céu, contemplar auroras,
compreender os relatos mitológicos,
pensar no zodíaco, nos quadrantes,
analisar as sinastrias e os círculos astrológicos.

É preciso avançar com cautela
(calmamente)
e perseguir o rasto da sincronicidade
entre os gestos humanos e as estrelas.

Isabel Furini




Esse poema foi publicado na revista de poesia Mallarmargnes, em 2015.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

O âmago dos sapos - poema de Isabel Furini


O âmago dos sapos

vivemos na época do ódio
e do rancor
e os homens só cospem mágoas

bons são os sapos
são seres de nobre coração

os sapos são feios e caricatos
mas quando coaxam
vocalizam o  perdão.

Isabel Furini


sábado, 20 de abril de 2019

Poemas: Ao Anjo da Guarda - ANJOS

VÍDEO COM POEMAS DE ISABEL FURINI: O ÚLTIMO VERSO E MÃE MITOLÓGICA



                                            Agradeço ao produtor, radialista e documentaristas Wasyl Stuparyk a realização deste vídeo. Meu muito obrigada a Carlos Daitschman, por emprestar sua magnífica voz aos poemas.

 O ÚLTIMO VERSO

- Você não tem  tino! -
reclamava minha mãe
e sem tino
eu fui construindo o meu destino
sobre uma rocha (ao lado do mar)
para observar a maré do mundo
com o olhar de um ser clandestino
e cumprir um antigo desejo
:
escrever o último verso da minha vida
na linha do horizonte
(entre o mar e a noite).

Isabel Furini



 MÃE MITOLÓGICA

Continuo apegado a sua imagem
e implorando o seu afeto

quem sou eu
no luminoso-sombrio espelho da mãe?
eu sou Pégaso - nascido de seu sangue
sou filho de uma Medusa de longos cabelos

porque no interior de todas as mães
moram uma bela princesa
e uma cruel Medusa que julga e acusa.

Isabel Furini                                              

sexta-feira, 19 de abril de 2019

MAGNUM OPUS - Poema de Isabel Furini



https://youtu.be/vqMLOR-Axyg


MAGNUM OPUS

O poeta faz acrobacias nos trapézios de arqueológicos alfabetos
coloca emoções ideias palavras afetos conceitos
no alambique do coração
constrói um atanor de versos na cabeça
reinventa rimas
estuda fórmulas antigas da alquimia
mergulha na subjetividade para escrever e para sobreviver

todos os poetas
(admirados – portentosos – ignorados ou desprezados)
todos os poetas fazem parte de uma espécie de seres muito estranhos
poetas sãos seres mutilados
pois para realizar a Magna Obra
não é suficiente poetizar oceanos
nem perseguir os voos dos urubus
nem misturar o sal o mercúrio e o enxofre
nem dançar entre as plantas de bambu
é necessário devastar o próprio coração desamparado
com o poder do veneno da cobra real
reerguer-se das sombras do mundo astral
e nutrir-se do coração do nada

o poeta precisa socavar o próprio coração
(mantendo o oceano do amor inalterado)
para realizar a Obra Magna.

Isabel Furini

Esse poema foi publicado em 25 de septembro de 2015, na revista Mallarmargens: http://www.mallarmargens.com/2015/09/5-poemas-de-isabel-furini.html






quarta-feira, 17 de abril de 2019

Pisar no pé de um anjo? - Poema infantil



O poeta caminha entre nuvens
E pisa no pé de um anjo.

Isso não é um ato irrevente.
Esse poeta não é insolente.

Os anjos são invisíveis
E o poeta não é um vidente.

O anjo olha o poeta e disse:
- Não tema, está perdoado,

Sei que os homens são cegos,
E eu já estou resignado.

Isabel Furini


Fotografia de Isabel Furini




quinta-feira, 11 de abril de 2019

Lançamento de Antologia TEXTURAS POÉTICAS


O Instituto Cervantes de Curitiba, órgão cultural do governo da Espanha, convidou a Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia (AVIPAF), para participar da comemoração do Dia Internacional do Livro lançando uma obra em língua espanhola. O convite foi aceito, e em 23 de abril, 19 horas, será lançado o minilivro "Texturas Poéticas", publicado pela Nogue Editora, na sede do Instituto Cervantes de Curitiba.

A obra foi traduzida ao espanhol e organizada pela poetisa Isabel Furini. A capa e a diagramação foram realizadas pelo especialista em Arte Digital, Carlos Zemek.


Participam do livro os poetas: Carla Ramos, Carlos Vargas, Daniel Maurício, Décio Romano, Elciana Goedert, Gustavo Henao Chica, Igor Veiga, Luciano Dídimo, Maria Antonieta Gonzaga Teixeira, Maria da Glória Colucci, Neyd Montingelli, Sônia Cardoso, Vanice Zimerman e Vera Lúcia Cordeiro.

No lançamento, serão lidos ou declamados em língua portuguesa e em língua espanhola alguns poemas dos participantes do livro. O melhor declamador receberá um troféu.

Serviço:
Evento: Lançamento do minilivro "Texturas Poéticas" 
Data e Horário: 23 de abril (terça-feira), às 19 horas
Local: Instituto Cervantes de Curitiba, rua Ubaldino do Amaral, 927, Alto da Glória
ENTRADA FRANCA

terça-feira, 2 de abril de 2019

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