quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Sem armaduras

 

Sem armaduras

Jogar as armaduras e olhar o outro com ternura
- sem preconceitos
sem a miragem do controle

o mundo precisa
        de inofensividade e de cordura
o mundo precisa
        de gente que caminhe pela rua
                       com a alma nua

gente capaz de sentir o sabor doce, amargo,
salgado, azedo, umami
magnanimo ou perverso
de cada gesto
de cada palavra
e de cada verso.

Isabel Furini
AVIPAF - Cadeira 1
Amado Nervo



Alquimia do ano 2021 - Poema de Isabel Furini

 

 

Alquimia do ano 2021

Impulsionadas pelos ventos
as cidades navegam pelos mares do tempo

pois o mundo é um quebra-cabeça
de muitas peças

e a cada ano o mundo renova
os seus sonhos

em 2021 o sonho é reviver
a divina arte dos antigos alquimistas

para que os pensamentos escuros
sejam transmutados em ouro puro.

Isabel Furini

 


 

Itinerário Alquímico (Poema de Isabel Furini)

 

 


Itinerário alquímico


Enquanto um poeta tatua
seu nome na pedra do Sol
peixes voam perto da Lua
no mar da imaginação

os cristais são sagrados
guardam futuro e passado

e entre as luzes do dia
(como manda a alquimia)
o poeta respinga calmamente
sobre um antigo cofre
sal, mercúrio e enxofre
e inicia uma dança mística
para transmutar a tristeza
em profunda força artística.

Isabel Furini





 



segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Passos do além - Poema de Isabel Furini

 

Passos do além

 

os seus passos
silenciosos como uma naja
viajam
na caligrafia das lembranças. 

Isabel Furini


 



sábado, 26 de dezembro de 2020

Sonho de uma noite de pandemia (poema de Isabel Furini)

 

 


SONHO DE UMA NOITE DE PANDEMIA

teço as minhas noites de remorsos
com fios escuros
com símbolos e com palavras

realizo um esforço
tensiono os braços e o torso
e retorço a lã

continuo tecendo
e vejo surgir a imagem
de uma árida paisagem

sobre a paisagem um anjo
perto do anjo um corvo
aos pés do corvo uma cobra de ouro

a cobra me proibe poetizar e me amordaça
pois teme que renasça
a palavra ESPERANÇA. 

Isabel Furini



quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Viva o Natal! Poema infantil de Isabel Furini

 

VIVA O NATAL!

Quero cantar
uma canção de Natal,
quando o bom velhinha chegar.
lalalalalalalalalalalalalalalalalala


Viva o Natal! Vamos festejar!
Vamos abrir as janelas
e cantar: Viva o Natal!

Na manjedoura do coração,
Jesus nasceu. Vamos festejar.
Viva o Natal! Viva o Natal!

Isabel Furini 



segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O amor e o chapéu

 


O amor e o chapéu

o chapéu protege e oculta a feiura
e as fragilidades
e foge pela tangente
quando observa linhas incandescentes

o amor é um chapéu emocional
protege e oculta a feiura
mas de maneira imprudente
desobedece a razão
e alimenta o lado ficcional da vida
e a paixão.

Isabel Furini



Lágrima Poética (Poema en español de Isabel Furini)

  

Lágrima Poética

 
El rio de la vida avanza
hace curvas
pasos de danza
y con la palabra esperanza
se lanza al mar
de la eternidad.

Isabel Furini


 

domingo, 20 de dezembro de 2020

Festejo - Poema de Isabel Furini

 

Festejo

renova-se a energia celestial
e as pessoas festejam
o nascimento do amor
- chegou o Natal! 

Isabel Furini


 


NESTE NATAL - (Poema de Isabel Furini)

 

NESTE NATAL

alegria e amor!  neste Natal
será necessário
fugir do pantanal do ódio

alegria e amor!  neste Natal
será necessario acordar
o Cristo interior
para vencer a escuridão

alegria e amor!  neste Natal
ao realizar um movimento vertical
poderemos reencontrar
os belos sonhos
abandonados no quintal do medo
alegria e amor!

Isabel Furini 



quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

POEMA DE NATAL

 

POEMA DE NATAL

vamos escrever um poema...
o poema pode ser profético
ou fantasiar-se de roqueiro frenético

alguns poemas têm o poder
de mergulhar a alma na alegria
e elevar o astral
e outros poemas têm o poder
de lançar a alma
no terror do caos primordial

e existem poemas abençoados
que guardam um recado
e exclamam no verso final:
FELIZ NATAL

Isabel Furini




 



sábado, 12 de dezembro de 2020

Fases (Poema de Isabel Furini)

 


Fases

Fase clara - fase escura
Lua e vida submetidas
ao ritmo universal
 
a vida é uma gangorra
ou uma escada semeada
de rosas, de almas puras
e de abismais espinhos
 
luz e sombra, Sol e Lua
a verdade nua e crua
é que a alma é o refúgio
que além do tempo perpetua
a capacidade de amar.
 
 
Isabel Furini

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

A morte do homem negro - Poema de Isabel Furini

 

Na cor da pele
o destino atroz

o homem negro luta
mas fica sem voz

nesta época
de racismo invisível
qualquer discussão
pode ser transformada
em um combate feroz
e em morte.

Isabel Furini


 


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Sonhos - poema de Isabel Furini

 


 

SONHOS

às vezes, os sonhos
são feridas que não querem fechar
desejam perpetuar-se
e nos perseguem
aderidos aos calcanhares
e nos convidam
a subjugar o medo
e nos impulsionam
a velejar pelos mares da vida

...e se como o Quixote
graváramos nosso sonhos
no tear do tempo?

nossos sonhos não seriam somente
flores de primavera
poderiam resistir o frio inverno
e transformar-se em guias eternos.

Isabel Furini



domingo, 6 de dezembro de 2020

Acróstico ganhador do Concurso Literário ALAP

 

Concurso Literário Virtual da Academia de Letras e Artes de Paranapuã - ALAP (Classificação Final).

Quero agradecer à Academia de Letras e Artes de Paranapuã -ALAP,  a seu nobre Presidente, aos acadêmicos, aos organizadores do Concurso Literário 2020, e aos jurados. 

O Acróstico de minha autoria conquistou o primeiro lugar.  Gostaria de comentar que foi um desafio escrever um acróstico com o tema: Esperança, pois não existem palavras que iniciem com "ç" na língua portuguesa. Mas é preciso obedecer o regulamento de cada concurso, e o regulamento solicitava um acróstico com a palavra Esperança. Então, dei asas a minha imaginação. Rosas, vaga-lumes, aves falam de esperança. E criei uma estratégia poética para escrever esse acróstico que está na continuação.
 

ACRÓSTICO
        Isabel Furini   

Exalavam perfumes
Sublimes de esperança
Poetizando o céu
Essas rosas
Rodeadas de vaga-lumes
Amigas essas rosas da ave
Noitibó que cantava: tira a mordaçacaça
Çaçaçaçaçaçaçaça enquanto
Amanhecia o Sol da esperança.

*

CATEGORIAS:

Trova Lírico-Filosófica
1° Lugar: Francisco Gabriel Ribeiro (Natal - RN)
 

II - Trova Humorística
 1° Lugar: Francisco Gabriel Ribeiro (Natal - RN)
 
III - Crônica
1° Lugar: José Luiz Dias Campos Júnior (São Paulo - SP)
 
 IV – Conto
 1° Lugar: Edweine Loureiro (Saitama - Japão)
               
 V - Ensaio
 1° Lugar: Almir Zarfeg (Teixeira de Freitas - BA)


 VI - Cordel
 1° Lugar: Jerson Brito (Porto Velho -RO)
              

 VII - Soneto
 1° Lugar: Luiz Antônio Cardoso (Taubaté - SP)
                José Feldman (Maringá - PR)

 VIII -  Aldravia
 1° Lugar: Jessé Maia de Oliveira (Belford Roxo - RJ)
 
 IX -  Poetrix
 1° Lugar: Luiz Antônio Cardoso (Taubaté - SP)
               
 X- Acróstico
 1° Lugar: Isabel Furini (Curitiba - PR)
                Alexsandro de Lima Pereira (Paulo Afonso - BA)
 
 XI -  Microconto
 1° Lugar: Cezar Defilippo (Astolfo Dutra - MG)
 
 XII -  Poesia Livre
 1° Lugar: Guilherme Brasil (São Paulo - SP)

 XIII -  Haicai
 1° Lugar: José Manuel Veloso Galvão (São Paulo - SP)
 
 

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