Devolva-me a fé, Pai do céu.
Escuta me clamor, minha voz de trovão,
e não me deixes sozinha nesta senda,
porque a minha alma é nova e sente medo
de caminhar sobre os ecos do passado.
O vento da minha história se deteve,
e sobre o horizonte fantasioso
que meus sonhos teceram ao acaso,
se levanta o fogo do fracasso,
e me queima.
Ai! Meu Deus, sou um novo Prometeu,
estou atada às rochas deste Cáucaso,
não me posso defender e fico quieta,
enquanto uma água brutal, devoradora,
rói meu fígado, que cresce eternamente.
Até quando sofrerei? Por que sofrer?
Por que não chega já, um Hércules veemente
e me liberta agora e para sempre.
Isabel Furini
Poema do livro "O Homem e Deus"
Pintura de Peter Paul Rubens |
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