Dança uma coreografia saltitante
- quase um estouro de emoções.
Zimbram os pés, mexe a cabeça,
os braços serpenteiam como cobras peçonhentas
no jardim do corpo,
as mãos
passam de leve pela planície dos ombros.
O tronco geometriza palavras e idéias,
os dedos recriam um obscuro alfabeto arcaico
e desenham palavras no ar,
enquanto seu instinto de bailarina rústica
forja poemas impensados no espaço
contornado pelas mãos frágeis
que desenham corujas no ocaso.
Com sua irrefletida dança a dançarina
poetiza o mundo.
Isabel Furini
Maria Isabel Saczuk - Professora de dança |
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