terça-feira, 17 de abril de 2018

Labirinto de papel - poema de Isabel Furini


Labirinto de papel

sombras sobre o palco
o mundo de papel é destruído
pelas traças
e a realidade quebra a ilusão do mundo

o poeta observa o mundo do avesso
descobre paragens de espanto
avança
desvela o mistério
da criação poética
e dança
no labirinto da subjetividade

nos muros do labirinto
sobrevivem fragmentos do passado
imagens e palavras
e as dúvidas ocultas nas retinas
que em surdina
perguntam sobre amores quase olvidados.

Isabel Furini

Quadro de Carlos Zemek

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