sábado, 27 de março de 2021

Antonella (Poema de Isabel Furini)

 

ANTONELLA

envelheceu a paixão
e ficou silenciosa como um muro

sentiu-se abandonada Antonela
e somatizou na pele
as chicotadas da indiferença

passou a habitar as cavernas do tédio
e das lembranças

as lembranças devoraram as distâncias
e permaneceram ancoradas
(caoticamente)
no quarto do fantasma

Antonela analisou as memórias de sua mente
e compreendeu
que o fantasma era ela.

Isabel Furini 



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