sexta-feira, 4 de maio de 2018

A última maleta - poema de Isabel Furini


A ÚLTIMA MALETA

Não entendo – não entendo
o orgulho, a arrogância
o desejo estranho de socavar
a estrada dos outros
ou de derrubar anos de trabalho

pensemos:
somos prisioneiros da escura caverna
vivemos na Terra
e depois vamos
rumo a outras dimensões
de tempo e de espaço
com uma maleta de vidas antigas
queimando as mãos
e dentro da maleta
o ego vil, mesquinho, alienado...

Isabel Furini






Um comentário:

  1. Sim, todos nós, habitantes dessa imensa arca carcomida pela fome brutal da humanidade.

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