segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Espelhos - poema de Isabel Furini

Cartografia de noites de insônia:
Cobras (fofoqueiras) espargem 
flechas de ódio
e vocábulos com veneno
sobre pergaminhos de silencio.

Acordo mais uma vez entre palavras de fogo e de água,
enxergo minha imagem
no espelho do armário.
Velhos traumas afundam canoas de ilusões.

Batem os sinos de uma igreja,
são três da manhã e não consigo dormir.

Isabel Furini

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