“BICHO NA CABEÇA” é uma peça de teatro de Zeny Belmonte, escrita em três meses – que não tem nada a ver com jogo do bicho. A autora afirma que: “ A peça foi inspirada numa cena de rua que me fez refletir sobre a função da cabeça humana, a maior riqueza que recebemos ao nascer. E que por diferentes motivos, nem todos sabem para que serve. É uma crítica sutil e bem humorada à sociedade atual, que exercita muito pouco a capacidade de pensar e questionar, preferindo seguir as tendências do momento.” A peça flerta com o teatro do absurdo. Ressalta usos e costumes sem esquecer-se do humor. Sua função é provocar. O interessante é que não cai na armadilha de dar conselhos, ao contrário, deixa a cargo do espectador as reflexões sobre o uso que cada um faz da sua cabeça. Esse é o primeiro trabalho de Zeny Belmonte e surpreende pelos caminhos originais que percorre para criticar usos e costumes. Um trabalho rico em questionamentos, pois a autora acredita na inteligência das pessoas que assistem a uma peça teatral. Além de se emocionar e de dar boas risadas os espectadores precisam de mensagens que ajudem a questionar e melhorar o quotidiano. A Oficina de dramaturgia Trilhas, Palavras e Máscaras, ministrado por Paulo Afonso Castro, com apoio do fundo Municipal da Cultura –PAIC incentiva os alunos a expor seus trabalhos no final do curso. A leitura da peça Bicho na Cabeça aconteceu no dia 14 de maio, às 20 horas, no Palacete Wolf. Participaram da leitura: Luiz Reikdal, Tarciso Alencar Meira, Fernanda Rocha, Ângela Ribeiro, Virgínia Kleemann e o professor Paulo Afonso. A reação positiva do público foi tão evidente que o professor Afonso parabenizou sua aluna, Zeny Belmonte, e falou de seu desejo de assistir essa peça representada por grupos de teatro.
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