O livro será lançado na Feira do Poeta, no Centro Hisorico de Curitiba, em 20 de dezembro/2015, a partir das 10 horas da manhã.
No prefácio do livro Ecos do tempo: uma viagem pela história, lemos:
"Há diversas formas de se fazer e contar a História. Ecos do tempo: uma viagem pela história apresenta aos leitores textos, crônicas, dossiês e poesias através de “recortes históricos” de tempos e culturas diversos, escritos de forma a quebrar tabus, preconceitos e estigmas, expondo os dilemas, as lutas, as conquistas, as utopias, os amores e o legado dos povos, sem perder de vista suas conexões com o tempo presente, a razão da própria História".
Na continuação um poema do livro Ecos do tempo: uma viagem pela história, de autoria de Orides E. Maurer Junior:
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos
“Um dia virão homens brancos do Leste, com barbas
compridas e trarão desgraça."
Antiga profecia indígena
I
Sou Asteca Maia Inca
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos chegaram em casas flutuantes
Trazendo numa das mãos a cruz
(Fincaram-a em nossa terra sagrada)
Trazendo noutra mão a espada
Passaram a fio nos ventres de nossas mulheres e nossos filhos
E queimaram nossas casas
E destruíram nossos templos
E usurparam nossas riquezas
E todos choraram
Eram os deuses que estavam retornando?
Resistimos
II
Sou Apache Comanche Navajo
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos chegaram com suas mulheres e filhos
Trazendo numa das mãos o rifle
Perfuraram nossos corpos
Dizimaram nosso alimento – o bisão
Riscaram nosso solo com cavalos de aço
Trazendo noutra mão a carta do grande chefe branco querendo comprar nosso solo sagrado
Resistimos
III
Sou Araucano Tupi Guarani
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos chegaram com seus arcabuzes
Trazendo numa das mãos a cruz
Fincaram-a em Pindorama em nome do rei
Nos escravizaram
Nos evangelizaram
Nos perseguiram nas florestas rios montanhas
Resistimos
IV
Sou Sioux Pueblo Algonquino
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos continuam a chegar
E tomam nossas terras
E violentam nossas mulheres
E trazem doenças
E seu Deus branco barbudo
E seu álcool
E sua droga
Resistimos
V
Sou Xavante Tucuna Potiguara
Sou índio
Nos mataram escravizaram estupraram
Nos fizeram aprender outras línguas outros costumes outras crenças
Sobrevivemos porque resistimos
Sobrevivemos porque acreditamos que a terra é sagrada
Sobrevivemos para ensinar aos homens brancos barbudos de cabelos vermelhos que a terra é sagrada
Somos todos índios
Continuaremos a resistir
Orides E. Maurer Junior
Na continuação um poema do livro Ecos do tempo: uma viagem pela história, de autoria de Orides E. Maurer Junior:
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos
“Um dia virão homens brancos do Leste, com barbas
compridas e trarão desgraça."
Antiga profecia indígena
I
Sou Asteca Maia Inca
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos chegaram em casas flutuantes
Trazendo numa das mãos a cruz
(Fincaram-a em nossa terra sagrada)
Trazendo noutra mão a espada
Passaram a fio nos ventres de nossas mulheres e nossos filhos
E queimaram nossas casas
E destruíram nossos templos
E usurparam nossas riquezas
E todos choraram
Eram os deuses que estavam retornando?
Resistimos
II
Sou Apache Comanche Navajo
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos chegaram com suas mulheres e filhos
Trazendo numa das mãos o rifle
Perfuraram nossos corpos
Dizimaram nosso alimento – o bisão
Riscaram nosso solo com cavalos de aço
Trazendo noutra mão a carta do grande chefe branco querendo comprar nosso solo sagrado
Resistimos
III
Sou Araucano Tupi Guarani
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos chegaram com seus arcabuzes
Trazendo numa das mãos a cruz
Fincaram-a em Pindorama em nome do rei
Nos escravizaram
Nos evangelizaram
Nos perseguiram nas florestas rios montanhas
Resistimos
IV
Sou Sioux Pueblo Algonquino
Sou índio
Homens brancos barbudos de cabelos vermelhos continuam a chegar
E tomam nossas terras
E violentam nossas mulheres
E trazem doenças
E seu Deus branco barbudo
E seu álcool
E sua droga
Resistimos
V
Sou Xavante Tucuna Potiguara
Sou índio
Nos mataram escravizaram estupraram
Nos fizeram aprender outras línguas outros costumes outras crenças
Sobrevivemos porque resistimos
Sobrevivemos porque acreditamos que a terra é sagrada
Sobrevivemos para ensinar aos homens brancos barbudos de cabelos vermelhos que a terra é sagrada
Somos todos índios
Continuaremos a resistir
Orides E. Maurer Junior
Obrigado Isabel Furini pela divulgação. Abraços poéticos.
ResponderExcluirParabéns, Orides Maurer Junior. Muito sucesso.
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