quinta-feira, 29 de julho de 2021

Compulsão parisiense (Isabel Furini)

 

 


COMPULSÃO PARISIENSE

A cidade fantasma ecoa na memória
conhecemos Paris antes de nascer
(antes de nascer perambulamos por Paris)
 

éramos como mutantes no oceano da vida
habitantes marinhos habitados pela subjetividade
éramos um coração palpitante nas águas do amor
um quadro silencioso
quase emoções pintadas entre prédios e semáforos

as ruas de Paris estendendo-se além das palavras
sem palavras
- antes de nascer perambulamos por Paris.

Isabel Furini

(Publicado na revista Mallargens em 24/03/2014)

 


 




quinta-feira, 15 de julho de 2021

Rústico coração (Poema de Isabel Furini)

 








Rústico coração 

quase um acordeão que chora
tecido com canções de amor
e abandonado
no agitado rio das horas

o passado é um tecido abandonado
o futuro é um tecido em construção
só temos o eterno agora
para tecer nossa vida na vertigem das horas
antes que a penumbra
sombreie o âmago da paixão
e na solidão
a alma esqueça de solfejar o verbo amar.

Isabel Furini



quarta-feira, 7 de julho de 2021

Dualismo (Poema de Isabel Furini)


 

 

DUALISMO

a claridade do céu
opõe-se à  penumbra

pulam algumas gotas de chuva
em um belo dia de Sol

permanecem corpo e alma
como um grande paradoxo

nada escapa à oposição:
existem o ódio e o amor

e as sombras e a luz das estrelas
no âmago do coração.

Isabel Furini


 

terça-feira, 6 de julho de 2021

Revista Caxangá

 

 

Três poemas de autoria de Isabel Furini (Horas de Neblina, Mundo Louco e Arlequim), foram escolhidos pela excelente Revista Caxangá - Poços de Caldas,  e publicada na 3º  edição, páginas 222, 223, 224 e 225.


Ana Luíza Drummond,  Jorge de Freitas Ranielle e Menezes de Figueiredo são os editores da revista Caxangá.  A publicação se destaca pelo belíssimo projeto gráfico realizado por Érica Cristina Pereira de Souza Ranielle Menezes de Figueiredo. 


 

O amantes da Poesia e os curiosos pode acessar a Revista Caxangá GRATUITAMENTE.

Link:

https://revistacaxanga.files.wordpress.com/2021/07/caxanga-v3-n1.pdf?fbclid=IwAR3y1KrPBJjtQiYiAEvmeulBVTM7jWm4vGr9B2VWWJzqtj-N3qTn2HW4LpY

sábado, 3 de julho de 2021

Olhar Poético (Poema de Isabel Furini)

 

 

OLHAR POÉTICO

O olhar do poeta (sem linearidades)
enlaça
o olhar do primeiro amor
e o olhar do morto
oculto no porão
- o amor e a morte entrelaçam emoções
e a poesia descarta caminhos
e mordaças
e como um condor eleva as asas
atravessa as sombras e as nuvens
e avança rumo ao Sol

Isabel Furini




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