quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O MARKETEIRO (Crônica de Humor)


Márcio entrou na lojinha que vendia bijuterias finas e peças de prata legítima. Exposição de semijóias em vitrines distribuídas estrategicamente no local. Do lado direito, pulseiras, do lado esquerdo anéis, e na parte de atrás da loja, os colares de jaspe, água marinha, ágata, citrino, ametista e outros.

Um vendedor de gravata azul mostrava um colar de prata com pedras de turmalina verde, a uma freguesa que gostara do produto, mas achara muito caro. O colar ficará lindíssimo na senhora, pois a senhora tem pescoço de cisne, disse o vendedor. A mulher sorriu.

Márcio olhava uma gargantilha de prata com um pingente de cristal rosa quando o vendedor, entusiasmado com o sorriso da cliente, acrescia: – O colar ficará belíssimo na senhora; a senhora tem olhos verdes de felino!

Márcio pensou que a mulher era feinha, mas a mulher sorriu e, desta vez, olhou o chão um pouco acanhada. Feliz com o êxito, o vendedor continuou.

– A senhora deveria levar o colar, ficará esplêndido, pois a senhora parece uma coelhinha de revistas masculinas. Ficará esplendido sim – e a senhora chamará a atenção pois tem andar de gazela.

– Vou levar! – decidiu a mulher, sorridente. O vendedor parabenizou-a pela compra e aproximou-se de Márcio.

– Preciso de um presente para minha esposa.

– Deixe-me adivinhar – disse o vendedor muito autoconfiante. – É aniversário de casamento.

– É – disse Márcio friamente.

Nesse momento a compradora terminava de pagar sua conta e saía da loja. O vendedor de gravata azul começou a mostrar um colar de prata e marfim para Márcio.

– Este colar é uma novidade com design moderno. O senhor que é uma pessoa de bom gosto vai apreciá-lo porque... – Márcio não resistiu e interrompeu a fala do vendedor enfatizando:
– Não quero elogios. O senhor não acha que exagerou ao elogiar a moça? Ela não é tão bonita.
– Elogiar? Exagerar? Não! Não!.. – exclamou o vendedor. – O senhor é que não entendeu. Essa mulher realmente tem pescoço de cisne, olhos de tigresa, aparência de coelhinha, andar de gazela, ela parece com um ornitorrinco.

Isabel Furini é escritora e poeta - e-mail: isabelfurini@hotmail.com

A PERUCA



Minha amiga Carmen, que é estilista de modas, sempre dá dicas para as mulheres se tornarem mais elegantes. Dicas do tipo: “Gordinhas devem usar listras verticais – nunca horizontais. Roupa preta emagrece. A mais nova dica recomenda: “Cuidado com a peruca”.

Esse conselho originou-se da anedota de uma de suas freguesas, a quem chamaremos de senhora H. Dona H foi com o filho de sete anos de idade a um desses parques de diversões que têm carrinhos que batem. Ela não teve tempo para ir ao cabeleireiro e decidiu usar peruca. Colocou-a, e como a peruca era muito confortável, esqueceu-se dela.

Estava sentada em um carrinho e o filho em outro. Mas o menino decidiu infernizar a mãe, que gritava de medo. E bateu seu carrinho contra o dela com tanta – mas com tanta força – que o impacto fez ela sacudiu a cabeça e a peruca voou como um avião sobre o carrinho do filho, indo parar sobre o ombro de outro menino.

A brincadeira mudou de bater carrinhos para “apanhar peruca”. A senhora H, ria e chorava ao mesmo tempo. Por fim, a campainha anunciou que o tempo havia acabado e a turma devia deixar o lugar para outros fregueses. Um menino devolveu a peruca dizendo: “Foi muito legal senhora, nunca me diverti tanto”.

Por isso, se usar peruca, faça movimentos suaves. Muito suaves.

Isabel Furini é escritora, poeta e palestrante. Contato: isabelfurini@hotmail.com

O PADRE OU O PAI? - Crônica de Humor

Meu amigo Orlando, que também é argentino e professor, mora em São Paulo onde ministra cursos e palestras. Uma noite, estava ministrando uma palestra e bem na primeira fileira estava sentado um senhor de gravata preta com uma figura enorme de Mickey Mouse em amarelo, que dormitava e havia deixado cair a cabeça de lado. Quando o orador levantava a voz, o homem abria os olhos trabalhosamente e voltava a fechá-los.


Meu amigo ficou nervoso e, ao falar a biografia de Freud, errou e disse duas vezes “o padre de Freud”, em vez de “o pai de Freud”. Acontece que em espanhol a palavra “padre” tem dois sentidos: de pai e de pároco de igreja. Depois de dizer o padre de Freud pela terceira vez, o homem da primeira fileira abriu os olhos e empertigou-se, meu amigo continuou, mas o homem interrompeu a palestra exclamando: Minha nossa! Isso quer dizer que Freud era filho de um padre? Mas que história interessante! Conte mais, professor.


Orlando, rindo, desculpou-se, pois havia errado. Esclareceu que a família de Freud era de origem judaica, mas para ele foi muito divertido perceber que o homem havia acordado e ficado atento ao resto da palestra.


Isabel Furini é escritora, poeta e palestrante.



Davi Faustino expõe na Bienal do Livro de Campo Mourão




As Bienais e Feiras do Livro tem como objetivo difundir o livro e fomentar o hábito da leitura. Nesta época oferecem também a possibilidade de apreciar artes: teatro, dança, música, arte circense, fotografia e Arte Plásticas.



A Bienal do livro de Campo Mourão ofereceu a possibilidade de adultos e crianças entrar em contato com obras de autores nacionais e internacionais a preços acessíveis. Também apresentou uma exposição de pinturas do artista Davi Faustino.

A exposição foi muito elogiada pelo belo trabalho de cores que o artista realiza.


Isabel Furini e Davi Faustino na Bienal


Poesia em dose Tripla: Marília Kubota, Lau Siqueira e Vássia Silveira

Em 24 de outubro/2015, no Museu Guido Viaro, em Curitiba, aconteceu o evento Poesia em Dose Tripla.

Marília Kubota autografou micrópolis, editado pela Lumme em 2014.
Lau Siqueira lançou a obra Livro Arbítrio publicado pela Casa Verde, em 2015.
Vássia Silveira autografou Febre Terçã, editada pelo selo Off Flip, em 2013.

Poetas prestigiaram o evento, entre eles, Guido Viaro (Neto), Homero Gomes, Luis Ronconi, Deia Motta, Susana Arceno Silveira e outros. Também esteve presente a jornalista e escritora Marilena Wolf de Melo Braga.



Lau Siqueira, Marilena Wolf de Melo Braga, Marília Kubota e Vássia Silveira


LAU SIQUEIRA

Livro Arbítrio é o sexto livro de poemas de Lau que atualmente reside em João Pessoa.

Livro Arbítrio, assim como Poesia Sem Pele, faz parte da série Cidade Poema, voltada a participantes do projeto homônimo e inaugurada em 2010 com O Livro das Fraquezas Humanas, de Pedro Stiehl. A nova obra de Lau Siqueira é dividida em duas partes: Ventanias – sobras tatuadas da memória e Pequenas chuvas – tercetos ocasionais para Alice Ruiz. Ao todo são 55 poemas, 40 no primeiro grupo, mais longos e marcados pela memória familiar – tinta de dor –, como define no prefácio o poeta e crítico Amador Ribeiro Neto. Nos 15 tercetos dedicados à poeta paranaense, Lau une a leveza à profundidade.




Resistência
o que me sustenta
sobre a carne e osso
é não ter aprendido a desistir

viver é voar
até sumir


MARÍLIA KUBOTA

Na foto Marília Kubota e Alvaro Posselt


micropolis traz 34 haicais, a maior parte escritos em oficinas de criação literária. No ano de 2014 Marilia Kubota começou a orientar oficinas sobre a forma poética japonesa, e escreveu alguns exercícios, que nunca havia experimentado antes. “Foi uma brincadeira. Jamais imaginei que poderia escrever haicais. Para mim, a poesia de Bashô, Issa e outros mestres japoneses é inigualável. Só pude me soltar porque escrevi sem pretensão de publicar um livro”, conta a poeta. micropolis é seu terceiro livro de poesia, antecedido por “Esperando as bárbaras”, de 2012 (Blanche Editora) e Selva de Sentidos, em 2008 (Água-forte Edições).





Marília Kubota e o poeta Homero Gomes




neste outono
nem uma seta no alvo
pássaros nas nuvens
Marília Kubota


VÁSSIA SILVEIRA
Já o livro da escritora e jornalista paraense Vássia Silveira, Febre Terçâ é pontuado pela delicadeza. Numa linguagem de bordados, transparecem a nostalgia, as lembranças, a saudade, os amores idos, a sensualidade. Segundo Zuenir Ventura, “a poesia de Vássia está infectada de um lirismo contido, disfarçado pela presença contagiante das imagens telúricas: maresia, inverno, primavera, flores.”

Embora o livro tenha sido publicado em 2013, a autora não fez um lançamento oficial, reaparecendo na Feira Entremostras, da Fundação Cultural Badesc, que apresentou publicações Independentes, em agosto, em Florinaópolis, cidade onde mora a poeta. Em sua obra, Vássia conta ainda com o livro de crônicas Indagações de ameixas (2011) e dos infantis Quem tem medo de mapinguari? (2008) e Braboletas e Ciuminsetos (2007)




Desejos
Não quero ser apenas leve
porque cultivo em mim
a ferida de quem desconhece
os próprios abismos
(Febre Terçã)





As chuvas
me arrastam
Deserto.

Vássia Silveira

Livro organizado por Carlyle Popp homenageia Kafka

Carlyle Popp é o organizador dessa antologia em homenagem à Kafka, que será lançada pela editora Juruá em 27 de outubro/2015, em Curitiba.

Kafka é um autor que inspirou várias gerações de escritores. A Metamorfose é uma obra original e comovente. O acordar de Gregor Samsa – depois de sonhos intranquilos, provoca também intranquilidade no leitor. O ambiente pode parecer surreal, mas as descrições de Samsa transformado em inseto são detalhadas e corretas. É inútil esperar que ele acorde. Ele já acordou, e a realidade é mais terrível que os pesadelos.




Carlyle Popp (Foto de Neni Glock)

Carlyle Popp abre o livro comentando: KAFKA: UMA METAMORFOSE INSPIRADORA é uma antologia que se escora no primeiro centenário da publicação de “A Metamorfose”. Embora a novela seja datada de 1912, somente em Outubro de 1915 veio a lume.

Na realidade a obra de Kafka serve de inspiração para os escritores. Isso não quer dizer que eles sejam obrigados a repetir, modificar, comentar nem copiar fragmentos da Metamorfose. Justamente o desafio é despertar a percepção subjetiva da Metamorfose. Criar um universo paralelo, o universo do conto, no qual a metamorfose possa acontecer.

Participam da obra: André Viana, Andressa Barrichello, Antonio Carlos Viana, Antônio Torres, Camilla Crestani, Carlyle Popp, Cristiane Contin, Eduardo Bettega, Gabriel Marins, Giovanna Lima, Isabel Furini, Izabela Loures, Jessica Yared, João Anzanello Carrascoza, José Castello, José Tucón, Lindsay Gracia Colle, Luís Henrique Pellanda, Majeda Popp, Marcelo Alcaraz, Marina Carraro, Mayra Corrêa e Castro, Nando São Luiz, Otto Leopoldo Winck, Priscilla Durigan, René Ariel Dotti.

 Fotografia de Neni Glock

sábado, 24 de outubro de 2015

WILSON DE ARAUJO BUENO - 41 anos de colunismo social





O jornalista Wilson de Araújo Bueno festejou os 41 anos de jornalismo com uma festa no aristocrático Castelo do Batel. Desses anos de trabalho (22 na Gazeta do Povo) Wilson guarda maravilhosas lembranças. 

Sempre de alto astral o colunista não só informa sobre os acontecimentos da sociedade curitibana, mas ele também incentiva talentos, fortalece a autoestima das pessoas. Wilson escreve a sua coluna social e sempre tem um espaço para publicar um versículo da Bíblia, revelando a sua espiritualidade.

A festa foi em 20 de outubro, e os convidados foram recebidos com muito estilo e elegância ao som de violino e saxofone.

Parabenizamos o competente jornalista Wilson de Araújo Bueno, e lhe desejamos muitos anos de jornalismo.




Fotografia tirada na exposição Outros Silêncios, com curadoria de Carlos Zemek, realizada no Solar do Rosário, Curitiba/PR, vemos o jornalista Wilson de Araújo Bueno e a diretora do Solar do Rosário, Dra. Regina Casillo.

Espontaneidade - por Isabel Furini












Na vertigem
esse gorjeio espontâneo
que emitem os pássaros
fazem lembrar
dos primeiros anos

e nessa saudade
a estrela se alonga
e se afasta
como uma velha nave.

Caminho dos Sonhos - Poema de Pepita de Oliveira

Caminho dos Sonhos 

Tenho esperança que a humanidade
possa um dia acreditar 
e realizar seus sonhos 
e aproveitar cada momento.

A vida é feita de momentos.

Vamos refletir, corrigir e agir. 
É o que temos pra agora 
e sempre será agora!

Poema de Pepita de Oliveira - autora do livro de poemas "Pepitas".













Esse poema foi inspirado no quadro  "O Caminho dos Sonhos" de Carlos Zemek. Esse quadro recebeu Medalha de Ouro no Salão de Artes Plásticas Comendadora Darcy Reis Rossi, na Casa de Portugal, em São Paulo/Brasil.

Poema: O Cachorrinho Sapeca (por Isabel Furini)

Pelo pátio de pedra
corre o cachorro.

Pela rua deserta
corre o cachorro.

Ouve um miadoe vê um gato musculoso.

O cachorro persegue
o gato e sobe o morro.

De repente, percebe a gataria
e termina a sua alegria.
O cachorro assutado
corre velozmente.

Esconde-se na sua casinha,
mas no outro dia
decide mudar sua vida
e começa a fazer academia.

Mais forte e musculoso
o cachorro se sente poderoso.
E sobe o morro o cachorro
para perseguir os gatos musculosos.

Isabel Furini


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Poema infantil: A ARANHA



A ARANHA

A aranha tece e tece.
Tece jaleco e cachecol,
tece blusa e cobertor.
Tece nos dias de chuva
e tece nos dias de Sol.

Isabel Furini

Salão de Artes de São Paulo outorga prêmio ao artista Carlos Zemek


SALÃO DE ARTE

Estremecem-se os cinco sentidos,
as telas brilham nas retinas
e um turbilhão de emoções
desperta constelações
de sonhos que fascinam.

Poema de Isabel Furini


Compete aos membros do júri, a árdua tarefa de selecionar, atribuir prêmios aos trabalhos integrantes da mostra de artes plásticas. A Comissão da UNAP (União Nacional dos Artistas Plásticos) que organizou o III Salão Nacional de Artes Plásticas Comendadora Darcy Reis Rossi anunciou que a obra O CAMINHO DOS SONHOS de Carlos Zemek, foi premiada pelo júri do III Salão Nacional de Artes Plásticas Comendadora Darcy Reis Rossi com a distinção seguinte: MEDALHA DE OURO.

A cerimonia de premiação foi realizada na tarde do domingo, dia 18 de Outubro de 2015, na Casa de Portugal, em São Paulo, e contou com a presença de artistas, curadores, marchands
, jornalistas, estudantes e professores de arte e outros. Estiveram presentes O Comendador Quirino, a Comendadora Darcy Reis Rossi e a comendadora Chica Reis, entre outras personalidades. Carlos Zemek foi representado pela poeta Pepita de Oliveira.



A obra O Caminho dos Sonhos, de Carlos Zemek chama a  atenção do observador pelo fato de ser uma obra realizada em tons de azul e de violeta, com apurada técnica.






Poema Mundo Paralelo


MUNDO PARALELO


no mundo dos sonhos
escorrego
pelo bueiro dos medos
e surgem os pesadelos

abismos e caídas
escorpiões e lobos
sem saída
corro rumo às montanhas

rastejam entre as árvores
sombras decapitadas
avançam as trevas
nas horas da madrugada

alguém pronuncia o meu nome
abro os olhos
e percebo que estou sozinha
no quarto de um hotel perto da praia

ISABEL FURINI



Meu poema Mundo Paralelo recebeu Menção Honrosa no concurso organizado pelo Organizado pelo Espaço Cultural Prisma.

Foram 412 inscritos no 1º Concurso Internacional Prisma Poético. Honrada pelo fato de meu poema estar entre os ganhadores.

Os outros poemas podem ser lidos no http://prismapoetico.blogspot.com.br/p/resultado.html

Um Vampiro em Curitiba - Poema Infantil de Isabel Furini - Ilustração de Simon Taylor

O VAMPIRO DE CURITIBA

noite de lua cheia
chega do Norte
um vento quente e forte
e em uma rua muito escura

um vampiro danado
caminha lentamente
e um gato siamês com bravura
solta agudos miados
miauuu...miauuu... miauuu...

e o vampiro  mostra os dentes
(os caninos são enormes)
mas o gatinho é danado
ele mostra alguns dentes de alho
e o vampiro assustado
corre e se esconde no porão
e depois deita em seu caixão


Poema de Isabel Furini - Contato: isabelfurini@hotmail.com

 
Ilustração de Simon Taylor - Publicação de imagem Autorizada.
SIMON TAYLOR foi ilustrador e chargista  de “A Folha da Imprensa” em 1996. No ano seguinte entrou no jornal hora H, onde ficou até 2007. Nesse meio tempo, fora o papel de chargista político e ilustrador, também foi editor gráfico e diagramador. Em 2002/03 foi chargista do jornal “A Cidade” e “Agência de Notícias Cone Sul”.
Em 2005 foi selecionado entre aproximadamente 600 candidatos do Brasil para ser trainee em jornalismo gráfico da Folha de S. Paulo. Participou de Salões de Humor (Pernambuco, Porto de Galinhas e Rio de Janeiro) além de exposições individuais e coletivas na Gibiteca de Curitiba, SESC/Centro e Museu de Arte Contemporânea do Paraná. De agosto de 2007 a agosto 2010 fui chargista do site de notícias Jornale.

De 2006 até 2014, tirando apenas o ano de 2013, ganhou o Prêmio Sangue Bom do Jornalismo Paranaense nas categorias Charge/Ilustração e Página Diagramada. Para organizar toda essa atividade, em 2007 fundou a empresa Ctrl S Comunicação de design, ilustração e diagramação.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Finalistas do Prêmio Jabuti 2015 - POESIA

FINALISTA DO PRÊMIO JABUTI 2015

POESIA












Título: 11/12 Onze Duodécimos – Autor: Horácio Costa – Editora: Lumme Editor

Título: A Comedia de Alissia Bloom – Autor: Manoel Herzog – Editora: Editora Patuá

Título: Clio – Autor: Marco Lucchesi – Editora: Globo Livros

Título: Corpo de Festim – Autor: Alexandre Guarnieri – Editora: Confraria do Vento

Título: Experiências Extraordinárias – Autor: Rodrigo Garcia Lopes – Editora: Kan Editora

Título: Garimpo – Autor: Líria Porto – Editora: Editora Lê

Título: Poemas Apócrifos de Paul Valéry Traduzidos por Márcio-andré – Autor: Márcio-andré – Editora: Confraria do Vento

Título: Poesia Bovina – Autor: Érico Nogueira – Editora: É Realizações

Título: Saccola de Feira – Autor: Glauco Mattoso – Editora: Nversos

Título: Um Esboço de Nudez – Autor: Nathan Sousa – Editora: Penalux

Poema de Maria Antonieta Gonzaga Teixeira

A arte é universal
No conhece fronteiras.
Os artistas despertam emoções,
trazem saudades,
causam admiração:
transformam o mundo.
Do livro: Dos Pequizeiros à Araucárias


AMANHECER - Poema de Isabel Furini


Nos interstícios da manhã
o Sol descansa entre pequenas nuvens.
Céu azul e vento poético
derramam versos sobre as madressilvas do jardim.

Imprevisível,
a poesia percorre as pétalas das palavras.

A beleza das orquídeas desata fantasias
e partimos em viagens oníricas,
entre poemas que cavalgam com ímpeto feroz.

No campo de batalha
os poemas lutam contra o materialismo globalizado.

Erguem-se
(eternos)
sobre a indiferença e o esquecimento.


(Poema de Isabel Furin - Contato: isabelfurini@hotmail.com)



QUANDO UM CRÍTICO ENCONTRA A POESIA - Professor Robson Lima


Para um crítico literário o melhor presente é quando ele pressente que um bom poema vira clima. Falo isso porque fui fisgado por um poema clima muito bem construído pela poeta Isabel Furini.

É notável a diferença entre um poema feito com técnica e refinamento de um desabafo histérico on-line, on paper ou on voice, quando gritados no Passeio Público, por exemplo.

Desabafos histéricos financiados, inclusive, com o dinheiro público, gasto em péssimas estratégias de políticas ditas culturais. Esta é a minha opinião democrática e garantida pelo Estado Civil de Direito. Mas esqueçamos desta metuenda concepção de poesia, que rasteja por aí, e nos atenhamos ao que há de melhor.

Posto o poema para que o leiam e em seguida farei a análise crítica.

POESIA
os poemas impulsionam sonhos
alimentam as almas dos dragões
quebram antigos espelhos
invadem sentimentos no quadrante das ilusões
alagam os jardins para que as flores
naveguem em barquinhos de papel
gravem nas pedras do labirinto
textos sibilinos
escritos com o sangue envenenado do mundo globalizado

(choram as Musas
e chora o Minotauro no labirinto das palavras)

FURINI, Isabel. Poesia. Disponível em: Acesso em: 25 de setembro de 2015.

Quadro de Baldassare Peruzzi.
Quadro de Baldassare Peruzzi.
Ao nos depararmos com o título do poema "Poesia", já sabemos que se trata de um metapoema. Um poema que fala sobre si mesmo, sobre sua confecção ou sua finalidade.
Dou-me o luxo de fazer uma observação interessante, antes de prosseguir a análise. Notem que o título do poema é "Poesia", mas durante todo o texto o "eu lírico" fala sobre poema. Sim, há poema sem poesia e os há aos borbotões. Basta darmos uma circulada pela cidade. Poemas com corpo, mas sem alma, caminham por aí ao estilo Walking Dead. Mas estes poemas sem poesia não são o tema do poema em questão.
Consideremos, então, o fato de que o poema, objeto do argumento do "eu lírico" seja um poema com poesia: alma + corpo. Somente um poema com poesia faria a viagem proposta pelo texto. Então, vamos à viagem!
Reparem os dois primeiros versos:
"os poemas impulsionam sonhos
alimentam as almas dos dragões"
Aqui os poemas são impulso e alimento. Ao impulsionar sonhos o poema vê uma lua no céu e se torna as asas de Ícaro. O sonho de voar é o que impulsionou o mitológico sonhador às alturas. Uma altura da qual muitas vezes não se pode escapar ileso.
O poema, neste primeiro verso, é um motor propulsor que, se obviamente compreendido, torna-se compressão e nos lança para o alto. O poema, com toda sua inutilidade, nos eleva e releva nossa condição mortal.
No segundo verso os poemas "alimentam as almas dos dragões". Bem, aqui o poema vê uma lua no mar. O dragão é um fenômeno mitológico bastante raro, pois é representado em diversas culturas. É a união entre a serpente que rasteja e a ave que voa.
Ao alimentar a alma desta dicotomia entre céu e terra, o poema encerra em si o papel de elo. Um poema elo entre céu e inferno, entre a lua do céu e a lua do mar. Um reflexo complexo de dois extremos em si mesmos.
A palavra "dragão" não está no poema à revelia. Ela marca com água e fogo, céu e inferno, lua e mar o reflexo dos extremos que se contemplam. A tensão de se contemplar o diferente e o antagônico é a marca do início do poema.
Em seguida, mais dois versos:
"quebram antigos espelhos
invadem sentimentos no quadrante das ilusões"
A tensão gerada pelos dois primeiros versos encontra seu ápice nos dois versos seguintes. Quando o "eu lírico" afirma que os poemas "quebram antigos espelhos" ele nos apresenta outra qualidade do poema: a iconoclastia do conteúdo e da forma.
Um espelho antigo refletira a imagem de sabe-se quantos rostos e desgostos. O espelho é o símbolo da realidade que não pode ser tocada. A realidade, Medusa, não pode ser encarada sob a pena nada penada de nos aturdir a tal ponto que podemos nos petrificar de espanto.
Lembremo-nos de que Perseu só consegue encarar a sua realidade Medusa pelo reflexo do seu escudo. O espelho é nosso escudo para a realidade. Vendo a realidade no espelho ela deixa de ser palpável e por isso torna-se menos aterrorizante.
O poema iconoclasta quebra o nosso escudo de reflexos e nos deixa perplexos diante da realidade nua. Ou, em outras palavras, o poema nos tira a segurança do conhecido e nos revela múltiplas realidades distorcidas.
Uma vez que o espelho está aos cacos, cada caco reflete a sua realidade eco. Não há mais uniformidade, mas deformidades. O poema iconoclasta deforma a realidade sabida e invade o quadrante das ilusões para penetrar os sentimentos.
Esta penetração não consentida, já que o poema não pede, mas "invade", no estupro dos sentidos, muda o olhar do leitor para as coisas. Isso fica evidente nos dois versos que seguem:
"alagam os jardins para que as flores
naveguem em barquinhos de papel"
Aqui a prosopopeia que permeia todo o poema e faz dele um sujeito ativo de seu próprio efeito alaga jardins. Perceba que o poema sai dos cacos do caos para construir novas imagens. As flores do jardim são metaforizadas em barquinhos de papel a navegar pelo alagadiço jardim da vida.
É um momento de trégua em que o poema se entrega à devassidão da metáfora. Sim, a metáfora é uma devassidão que transforma a coisa em outra coisa, prostituindo sentidos em cada esquina do poema, no fetiche de cada pezinho do verso.
O poder transformador do poema que hora nos aquieta, ora nos inquieta é sua forma-efeito de refletir extremos. Após a tempestade draconiana dos dois primeiros versos e da quietude navegante do final da primeira estrofe, temos:
"gravam nas pedras do labirinto
textos sibilinos
escritos com o sangue envenenado do mundo globalizado"
A navegação se transforma em gravação. O poema tenha forma fixa ou não, seus sentidos são deformados e lança o leitor em um labirinto de possibilidades, molhado pelas previsões das Sibilas.
As Sibilas eram deidades romanas que tinham o dom da profecia. Os poemas, com suas possibilidades deifobas, deixam gravados os descaminhos labirínticos de uma humanidade que vive em um mundo globalizado.
Interessante notar que, neste verso, a insistente repetição da consoante sibilante [S] provoca um som semelhante a um pedido de silêncio. Um silêncio sibilante de Sibila que profetiza sangue e envenenamento.
O mundo globalizado que fornece e fenece a tinta sanguínea para a escritura do poema não redime o poema de sua culpa. O poema não é uma vítima inocente de um processo de dissolução, pois ele mesmo quebrou o espelho e fez cacos da realidade.
Enquanto o mundo globalizado encurta distâncias o poema deforma sentidos. Há, então, uma simbiose entre envenenamento e poesia, ópio e espelho, céu e terra, corpo e alma.
Nesse processo simbiótico e caótico o poema termina:
"(choram as Musas
e chora o Minotauro no labirinto das palavras)"
Repare que ao usar o recurso dos parêntesis, a poeta transforma o final do poema em uma espécie de rubrica de uma peça dramática. As musas dos poetas comportados e sonhadores choram e chora o Minotauro, metáfora do "eu lírico", metade homem, metade animal a vagar pelo "labirinto das palavras". Um labirinto que não tem fim, semelhante ao labirinto de Creta e que, de forma discreta, revela que a única saída é por cima.
Apenas o poema elevado pode escapar da perdição do labirinto. Somente um voo cego e elevado, acima das paredes da realidade, acima dos alicerces da obviedade, acima dos aplausos da mediocridade, acima de qualquer deidade e sobre o império dos sentidos em cacos consegue libertar este "eu lírico" de seu típico final sinal de sina.
Bem, esta foi a minha análise do belo poema de Isabel Furini. É de poemas assim que Curitiba precisa. São poetas como Isabel Furini que fazem Curitiba se olhar no espelho e se molhar toda nua no bebedouro do Largo da Ordem que em silêncio se insinua a nos mostrar o perplexo reflexo da Lua.
Professor Robson Lima
Professor Robson Lima

Professor Robson Lima
Robson Lima, professor, palestrante e consultor de Língua Portuguesa.

Homenagem à Carlitos Chaplin - Poema de Isabel Furini


Poema sobre Katia Velo dando vida ao personagem Carlitos de Charles Chaplin.

com uma flor na lapela
a simpática donzela
(com uma estrela na alma)
fez uma bela homenagem
a um antigo ator de cinema

ora Katia pinta telas
ora brinca e é estrela de cinema
suave como uma gazela
Katia distribui rosas
sejam vermelhas ou amarelas

Poema de Isabel Furini


Fotografia: Katia Velo homenageando Carlitos Chaplin.

ANJOS SOBRE OS OMBROS (yin yang)






o grande enganador, o Anjo da escuridão, fala: 
- escreva poemas de rancor
o Anjo da Luz ergue a cabeça e proclama:
- escreva só poemas de amor

o Anjo da escuridão revida:
- você não percebeu que é só rancor a vida?
em todos os locais há ciúmes, há falsidade e há inveja?
e o Anjo da luz troveja:
- será que você não almeja ser poeta maior,
desses que só cantam à vida e ao amor?

pergunto-me:
devo escolher entre o dia e a noite
ou entre o verão e o inverno
ou será necessário aceitar o luminoso e o sombrio?

porque muitos fingem bondade extrema
enquanto pelas costas os amigos esfaqueiam
pois a sombra da qual Jung falava
está além do sonho puritano
e essa sombra faz parte do universo humano.

Isabel Furini é escritora e poeta - e-mail: isabelfurini@hotmail.com

Isabel Furini Orientará Oficina de Literatura Infantil na Bienal do Livro de Campo Mourão

COMO ESCREVER LIVROS PARA CRIANÇAS?

Tive a honra de ser convidada para orientar uma oficina de Literatura Infantil, na Bienal do Livro e da Leitura de Campo Mourão/PR.
Na oficina serão abordados o mundo da imaginação, a construção de personagens marcantes e os segredos da narrativa para o público infantil. A oficina oferece histórias infantis, o conceito de conto, a teoria da escada, assim como as características do conto infantil e elementos da composição literária.

LITERATURA INFANTIL


Oficineira: Isabel Furini
Data: 28 de outubro de 2015 (quarta)
Horário: 8h30 às 11h30
Local: Sala D9 – Unespar/Campus Campo Mourão
Certificado: Unespar
Valor: R$ 10.00 (destinado ao programa Vale Livros)

http://bienalcampomourao.com.br/?page_id=1295

RESUMO DE CURRÍCULO DE ISABEL FURINI


Isabel Furini é escritora, poeta e palestrante;
Idelizadora do Concurso Internacional Poetizar o Mundo (na 10º edição).
Membro da Academia de Letras do Brasil/ Araraquara, em 2015;
HONRARIAS
Recebeu Votos de Louvor da Câmara Municipal de Curitiba, pelo lançamento do livro Vença a Timidez, em 1992;
Foi nomeada Embajadora de la Palabra pela Fundação Cesar Egido Serrano (Espanha), em 2015;
Embajadora de la Rima Jatobé, Espanha, em 2015;
Recebeu Comenda Ordem de Figueiró pela Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura do Brasil, em 2015;
Foi nomeada Embaixadora Internacional e Imortal da Poesia pela Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura do Brasil, em 2015.

OFICINAS (Orientadora)
Oficina Como Escrever Livros no Solar do Rosário, Curitiba/PR – 1999 à 2015.
Oficina do Livro, no Centro Filosófico Delfos, Curitiba/PR, em 2002.
Oficina Confecção de Livros Infantis no Programa Mutirão Cultural, da Fundação Cultural de Curitiba, nas Regionais Portão, Bairro Novo, Boa Vista, Pinheirinho, Uberaba e Vila Hauer, em 2004.
Oficina de Filosofia com Crianças para professores no 2º Encontro Interestadual Pós-Bagozzi, em Curitiba, PR, em 2005.
Oficina Como Escrever para crianças, na Feira Internacional do livro de Foz de Iguaçu/PR, em 2013.


PRÊMIOS RECEBIDOS EM CONCURSOS LITERÁRIOS
1° Lugar no Concurso Estadual de Poesia de São José dos Pinhais/ PR- 2002.
1° Lugar no 8° Concurso Internacional Missões de Poesia, Roque Gonzáles/RS, em 2005.
2º Lugar concurso da revista Katharsis, Espanha -2009.
1º Lugar Concurso de Poesia O Pensador, da Academia de Letras Itapemense, SC, em 2010.
3º Lugar prêmio UFF (Universidade Federal Fluminense) Niterói, RJ, em 2011.
2º Lugar Concurso de Poesia da ALEPON ( Academia de Letras de Ponte Nova, MG – 2013.
1º Lugar Concurso de Poesia da Academia Campolarguense de Poesia, PR – 2013.

Recebeu 12 MENÇÕES HONROSAS

OUTROS
Finalista Concurso de Poesía Profesor Horacio Pacheco, da Academia de Letras de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, 2008.
Um poema de sua autoria escolhido para o Projeto Leitura no Metro de Belo Horizonte (MG) Programa A tela e o Texto da UFMG, 2008.
Poema selecionado no Concurso Poemas no Ônibus e no Trem, de Porto Alegre RS, 2009.
Finalista Concurso Prêmios Interncionales de Cuento de Nunca Acabar – Concurso Internacinal de Microtextos Garzón Céspedes, Espanha, 2010.
Poema selecionado para Coletânea do XI Prêmio Escriba de Poesias, em 2010.
Poema selecionado para a Coletânea de Litercultura, Curitiba, em 2013.


EXPOSIÇÕES DE ARTE POESIA- Participou de Exposições de ARTE POESIA- Curadoria de Carlos Zemek, em Curitiba/PR (Brasil), Campo Largo/PR e Buenos Aires (Argentina).

Participou com um poema ilustrado com arte digital na exposição Imagens do Mundo na Faculdade Estação Business School, em 2012;
Participou com um poema na exposição de Arte e Poesia Mês da Mulher, na Faculdade Business School, Curitiba/PR, em 2012;
Participou com um poema na exposição de Arte e Poesia Don Quixote de la Mancha no Instituto Cervantes de Curitiba, em 2013;
Participou com um poema na exposição de Arte e Poesia Contemplando o Paraná, curadoria de Carlos Zemek.Curitiba/PR, em 2015;
Participou com um poema na Exposição de Arte e Poesia Sensaciones, curadoria de Carlos Zemek, na galleria R van R, bairro San Telmo, Buenos Aires, Argentina, em 2015.







Rubém Alves é o Escritor do Bienal do Livro de Campo Mourão/PR


O escritor homenageado da Bienal do Livro e Leituras de Campo Mourão 2015, será Rubém Alves.

"Dentro de mim mora um palhaço e um poeta: riso e beleza… Se eu não fosse escritor acho que seria um jardineiro. No paraíso Deus não construiu altares e catedrais. Plantou um jardim. Deus é um jardineiro. Por isso plantar jardins é a mais alta forma de espiritualidade. Acredito, como poeta e palhaço, que o fruto paradisíaco era o caqui…
Mas a melhor resposta à pergunta "quem é Rubem Alves?" foi um menininho que deu: "Rubem Alves é um homem que gosta de ipês amarelos…"
Pedagogo, poeta e filósofo de todas as horas, cronista do cotidiano, contador de estórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros para crianças, psicanalista, Rubem Alves é um dos intelectuais mais famosos e respeitados do Brasil.
Nascido no dia 15 de setembro de 1933 em Dores da Boa Esperança, uma pequena cidade do sul do estado de Minas Gerais, Rubem Alves, educado no seio de uma família protestante, muito cedo teve de se confrontar com a sua diferença. O destino inscrito na sua diferença leva-o, depois do Ginásio, a estudar teologia no seminário Presbiteriano do Sul, um dos mais conhecidos seminários evangélicos da América Latina.
"Meu pai era rico, quebrou, ficou pobre. Tivemos de nos mudar. Dos tempos de pobreza só tenho memórias de felicidade. Conheci o sofrimento quando melhoramos de vida e nos mudamos para o Rio de Janeiro. Meu pai, com boas intenções, me matriculou num dos colégios mais famosos do Rio. Foi então que me descobri caipira. Meus colegas cariocas não perdoaram meu sotaque mineiro e me fizeram motivo de chacota. Grande solidão, sem amigos. Encontrei acolhimento na religião. Religião é um bom refúgio para os marginalizados."
Concluído o seminário, torna-se pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas e casa com Lídia Nopper, com quem teve três filhos, Sérgio, Marcos e Raquel. Depressa, porém, o pastor tomou consciência de que a sua ousadia evangélica o levava para terrenos difíceis.
"Eu achava que religião não era para garantir o céu, depois da morte, mas para tornar esse mundo melhor, enquanto estamos vivos. Claro que minhas idéias foram recebidas com desconfiança…"

Fonte: rubemalves.com.br
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