domingo, 31 de dezembro de 2017

Rosas para Adélia - poema infantil de Isabel Furini


ROSAS PARA ADÉLIA

Bem cedinho acorda Adélia
e sua máquina de costura
começa a cantarolar:
trac – trac – trac – trac
trac – trac – trac – trac

As rosas do jardim
suavemente exalam
um aroma de ternura
enquanto a professora Adélia
continua a ensinar

Sua máquina de costura
continua a cantarolar:
trac – trac – trac – trac
trac – trac – trac – trac

Isabel Furini


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Luz da Lua sobre um amor perdido


a luz da Lua
acentua sua solidão
e ele pactua com suas emoções
para diminuir a sua dor

ha tempo cultua um amor adolescente
simplesmente arrebatador
um amor não correspondido
que perpetua sua profunda solidão

pensa o poeta:
- ah! se a Lua fosse mágica
e eu tivesse uma varinha de condão
poderia trocar essa trágica emoção
pela felicidade de um novo e grande amor.

Isabel Furini

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O gato guitarrista (Poema infantil de Isabel Furini)



O GATO GUITARRISTA 

Tobias é um gato mimado,
Ele quer ser trapezista.

Por isso está sempre treinando
E subindo no telhado.

O Tobias é um lindo gato,
Mas ele tem suas fobias.

E quando Tobias foi ao circo
Tentou subir no trapézio,

Mas começou a chorar,
Ao perceber que não conseguia.

Um velho amigo falou:
- Você pode ser guitarrista.

Tobias fez curso de música,
E o gato tinha talento.

Hoje é de uma banda de rock
E na Tv. fez um depoimento:

- Existem muitos caminhos,
Cada gato tem seu dom.

Nunca seja derrotista!
Eu queria ser trapezista...

Mas hoje sou muito feliz,
pois sou um grande guitarrista.

Isabel Furini - e-mail: isabelfurini@hotmail.com


O poema Matreiro (por Isabel Furini)



O POEMA MATREIRO

serpenteiam no contorno do espelho
rudes palavras e kafkianas metáforas
e surge um poema
(pungente)
composto de versos matreiros
e símbolos agoureiros

esse poema está gravado com tinta e canivete
na escura superfície da barca de Caronte.

Isabel Furini

Sementes (Poema de Isabel Furini)

SEMENTES 

cinzelar
as silenciosas sementes
poéticas
nascidas no limiar
do mundo do inconsciente
onde a inquietação
e as fobias
produzem fragilidades
e versos.

Isabel Furini

Asfixia - Poema de Isabel Furini

ASFIXIA 

obstaculiza os alvéolos pulmonares
essa fumaça densa
e tenebrosa
que se desprende da Poesia
e faz que a alma mergulhe
no incomensurável oceano das emoções.

Isabel Furini

Fotografia de Isabel Furini - Kirkland (Estados Unidos)

domingo, 10 de dezembro de 2017

O Grilo e o Dr. Besouro (Poema Infantil de Isabel Furini)





O GRILO E O DOUTOR BESOURO


O Grilo sempre canta
Antigas e belas canções.
Ele mora em um jardim
Bonito – cheio de flores.

Mas um dia o pobre Grilo
Acorda com afonia.
Tenta cantar… Tenta, tenta...
E pensa: Será alergia?

O Grilo vai até o sanatório
Onde há anos trabalha
O sábio doutor Besouro.
- Abra a boca - fala o Besouro.

E logo fala calmamente:
-Você precisa descansar...
Cuidar sua voz de cantor,
e esse xarope tomar.

O grilo é muito obediente
E cura rapidamente.
Ele aprende uma lição:
Ele canta nos dias de Sol.

Mas quando faz frio
O grilo aquece a sua garganta.
E fica sob o cobertor
jogando jogos para computador.

Isabel Furini
(1) Paciente: Pessoa que precisa de cuidados médicos.
                      Também significa pessoa que tem paciência.
 
O grilo e o besouros estão no jardim -Foto de Isabel Furini


 



sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Noite de Natal (Poema de Isabel Furini)

NOITE DE NATAL

Meu Natal é de alegria
Porque a família está reunida.

Meu cachorro Labrador
brinca com seu cobertor.

Enquanto um gato contente
arranha uma caixa com presentes.

Minha prima Ana não sabe cantar,
Mas não fica aborrecida.

Ela liga o celular
Para tirar fotografias.

Minha tia gosta de dançar
E o meu tio canta animado.

E meus queridos avôs
(Que há anos são vegetarianos)

Comem salada de tomates
E grandes nabos refogados.

O Papai Noel entra pela janela...
Onde ficaram as renas???

-Não temos renas,
mas temos um gato engraçado.

Falou minha mãe contente.
Meu pai lhe deu um presente.

A tia serve sorvete e o tio
Improvisa um teatro de marionetes.

Depois todos cantamos com alegria
Pois a minha família é bacana.

Algumas vezes eles brigam,
Mas no Natal eles perdoam,

Porque a avó sempre fala:
Esta vida é muito curta.

Por isso, temos que amar,
Viver com alegria e perdoar.


Poema de Isabel Furini


Fotografia de Isabel Furini

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