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À meia-noite chegam em bando, os fantasmas
os frenéticos fantasmas que se divertem
açoitando os telhados
falando com as gárgulas
dançando nos terraços
chegam feridos pelas falsas palavras
que conspiram
- los fantasmas desprezam as vozes
daqueles que possuem um coração
habitado pelas sombras
e uma boca coberta de mentiras
tornou-se este mundo um paradigma do absurdo
no qual as mentiras respiram sem medo
enquanto as verdades aquadas e feridas
(órfãs de palavras, sem defesa)
escondem-se entre os fantasmas
e dançam nas ruas, nos terraços
e nos abismos da vida.
Isabel Furini
Este poema foi publicado na 12º Edição da Revista Escriba
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