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A aprendiza
ela sorri enquanto oculta
a palavra traição
sob a sombra das tesouras
a aprendiza
começa a costurar linhas transgressoras
que avançam e reinventam o espaço
na textura do tecido
ela guarda
agulhas, fios, fitas, alfinetes
mas deixa as tesouras sobre a mesa
a velha costureira olha o rosto da aprendiza
e murmura
:
pena que a palavra perdão
(pelo ódio açoitada)
está em um canto
esquecida
pois sem o perdão
o amor escorrega para a terra do nada.
Isabel Furini
(Poem publicado na Revista Sucuro Nº 20)
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