Com o olhar do corvo
Na penumbra
o grito do corvo nos acorda
para novas realidades
entre as sombras, o relâmpago
assusta as retinas
e o músculo cardíaco
é preciso esculpir a palavra amor
apelando à memória
e aos sentidos
guardamos esse sentimento afetuoso
nos campos floridos
do passado
agora, o mundo mudou
– esta é a época
do relâmpago e do terror
é preciso chamar o amor
e cultivar algum ideal
com intensidade
como um corvo em um dia outonal
podemos observar o mundo
com o olhar profundo fixo no futuro.
Isabel Furini
(Este poema foi publicado na Revista Corvo Literário em 25 de agosto/2020)
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