Medo primitivo
às vezes a luz da Lua
ilumina o cabelo da Medusa
às vezes o olho da Lua
sobre os túmulos
ora o coração acelera
seu passo noturno
ora os olhos ficam fixos
na linha do horizonte
sempre os ponteiros do relógio
e o renovado medo
de permanecer na margem
da página do ontem
para observar as letras de um poema
e perceber a barca de Caronte
Isabel Furini
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