SONHO DE UMA NOITE DE PANDEMIA
teço as minhas noites de remorsos
com fios escuros
com símbolos e com palavras
realizo um esforço
tensiono os braços e o torso
e retorço a lã
continuo tecendo
e vejo surgir a imagem
de uma árida paisagem
sobre a paisagem um anjo
perto do anjo um corvo
aos pés do corvo uma cobra de ouro
a cobra me proibe poetizar e me amordaça
pois teme que renasça
a palavra ESPERANÇA.
Isabel Furini
Boa noite, Isabel, seu poema merece nota máxima.
ResponderExcluirTecer uma noite com ricos versos, metáforas bem construídas,mas com certeza a esperança renascerá. Parabéns!
Muito obrigada pelo comentário, Marli Terezinha Andrucho Boldori.
ResponderExcluir