O POETA NO JARDIM DO TEMPO
crocitar dos corvos no verão
no horário do ocaso
quando o momento
torna-se interminável
interminável
interminável
interminável
interminável
interminável
interminável
como linhas paralelas
e os sabores da solidão e da ausência
brincam entre os lábios cansados do poeta
nesse horário é possível recriar a poesia
na curvatura do jardim do espaço-tempo
e descobrir renovados versos
cinzelados em longínquos universos.
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