terça-feira, 30 de maio de 2023

Antonela - Poema de Isabel Furini

 



Antonela

envelheceu a paixão
e ficou silenciosa como um muro

sentiu-se abandonada Antonela
e somatizou na pele
as chicotadas da indiferença
passou a habitar as cavernas do tédio
e das lembranças
as lembranças devoraram as distâncias
e permaneceram ancoradas
(caoticamente)
no quarto de um fantasma

Antonela analisou as memórias
de sua mente
e compreendeu
que o fantasma era ela.

Isabel Furini

Imagem gerada pela IA do Bing


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