PROJEÇÃO POÉTICA
a solidão asfixia a alma e surge o poema
o poema foge da ponta dos dedos
e gesticula
cresce nos interstícios das palavras
e nas sombras projetadas pelo silêncio
serpenteia sobre as calçadas de pedra
onde cantam as gárgulas
pula os muros
e caminha sobre as águas do mar
onde dançam os bêbados, a gárgulas e os homúnculos.
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