SOLIDÃO DE POETA
mergulha no abismo profundo do remorso
que não cessa
a espessa pele da culpa
contorna a sua alma
tenta escrever um poema
mas as lembranças o encurralam
está sozinho o poeta
e dialoga com seu passado em voz alta
enquanto quieto (deitado no parapeito)
um gato preto boceja.
Isabel Furini
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