Abraço
passo após passo
ao compasso
do ritmo cardíaco
ultrapasso
as sombras do ocaso
e os precipícios
e abraço
(sem orgulho
e sem medo)
o meu ferido eu.
Isabel Furini
Abraço
passo após passo
ao compasso
do ritmo cardíaco
ultrapasso
as sombras do ocaso
e os precipícios
e abraço
(sem orgulho
e sem medo)
o meu ferido eu.
Isabel Furini
Em 23 de Novembro: DIA INTERNACIONAL DA PALAVRA do Museu da Palavra da Fundação César Egido Serrano, faremos uma homenagem poética.
Homenagem ao Dia Internacional da Palavra do Museu da Palavra.
Para festejar o "Dia Internacional de la Palabra", data criada en Espanha, pelo Museu da Palavra da Fudação César Egido Serrano, Isabel Furini e Carlos Zemek criadores do Projeto Poetizar o Mundo , convidam os poetas a participar da Homenagem à PALAVRA COMO VÍNCULO DA HUMANIDADE.
Todos os poemas com esse tema recebidos até 16 de novembro de 2020, serão publicados gratuitamente na Revista Digital Carlos Zemek de Arte e Cultura.
Atenção: Poemas com mensagens políticas, racistas, ofendendo crenças ou com palavrões não serão publicados.
Todos os participantes receberão Certificado pelo e-mail.
REGULAMENTO
1) O poema pode ter até 12 versos (linhas).
2) O tema é A Palavra como vínculo da humanidade, abordando as boas palavras, as palavras que geram harmonia.
3) Todos os estilos serão aceitos: Trova, haicai, poetrix, soneto, versos livres, versos brancos, outros.
4) Não precisa enviar pelo arquivo, enviar diretamente no e-mail, sem arquivo.
5) No final do poema colocar o seu nome, cidade e país.
6) Enviar até 16 de novembro/2020 para o e-mail: isabelfurini@hotmail.com, será publicado em 23 de novembro/2020 na Revista Carlos Zemek de Arte e Cultura.
7) O poema não precisa ser inédito, mas só serão aceitos poemas com o tema A palavra.
A publicação será coletiva, ou seja, em uma página da revista serão publicados vários poemas.
8) A participação será gratuita.
9) Serão aceitos poemas em espanhol e em português.
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Quadro da artista Perla Sar |
Cadê o jovem siri?
Cadê a lagosta?
Eles estão brincando
Com a pequena ostra.
A ostra é uma jovem festeira,
Ela é muito bagunceira.
A ostra gosta de cantar
Para as festas animar.
Mas quando abre a sua bocarra
Os bichos começam a zombar.
O siri fala que a bocarra
Da ostra parece boca de jarra!
Mas a ostra não se ofende
E retruca sabiamente:
- O siri tem corpo achatado
Parece triste e abalado.
Riram todos os bichos
E o Siri arrependido,
Disse que a linda ostra
Tinha um tesouro escondido.
Isabel Furini
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Imagem gerada pela IA do Bing |
NO FUNDO DO MAR
No fundo do mar
tem um mundo diferente:
caranguejos, lagostas
peixes-pedras e serpentes.
Dançam alegres as serpentes,
a tartaruga cochila,
enquanto um polvo-azul
observa muito assustado
que um tubarão se aproxima.
Os bichos fogem ou se escondem
e o local fica tranquilo.
O tubarão se afasta
e o polvo-azul - que é ginasta,
começa a fazer acrobacias.
Os bichos do mar aplaudem
e o polvo-azul sente alegria.
Isabel Furini
Veja o vídeo produzido pela profesora Lilian Pelegrini.
UM ROSTO
um, dois, três rostos
mil rostos
refletidos no espelho do ontem
todos os rostos conhecidos
permanecem escondidos
no umbigo do mundo
esse umbigo que guarda
imagens distorcidas
pela distância
ou por tristes lembranças
rostos que podem alegrar ou abalar
a latitude dos afetos
enquanto a boca e as palavras perambulam
pelos catetos dos sonhos.
Quadro de Suzana Lobo
A gripe de Aristófanes
Confirmado: Epidemia de gripe AG (de Aristófanes da Grécia,
dramaturgo grego satírico, irônico).
A gripe AG transmite a síndrome satírica,
uma doença - crônica,
uma loucura – anacrônica,
uma anomalia – simbólica,
uma tendência – indômita,
uma fraqueza - atávica
prejudica a resposta emocional - vitrifica.
O médico literário aconselha:
esterilizar as palavras para evitar que a gripe AG
afete as conotativas
tornando-as cruéis, afiadas e perversas.
Isabel Florinda Furini
EL GRITO OCULTO
Reinvento la textura de las emociones
mientras las gaviotas invaden
el cielo de la tarde
el mar intempestivo
tritura los antiguos sueños de amor
encuentros y despedidas
quedaron gravados en las retinas
y en los oídos
renovación es el grito oculto de las olas
y de las gaviotas
la noche provoca mis pasiones
y la Vía Láctea
fortalece mis sueños
delante del mar y de la noche
ensayo un abrazo poderoso
un abrazo inmenso
- quiero abarcar el mundo
con un abrazo lleno de ternura
porque la humanidad sufre tanto
que merece el perdón.
Isabel Furini
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Imagem gerada pela IA do Bing |
ESTRADA
descalça
caminhei pela longa estrada da vida
e senti
as solas dos pés, os dedos e os calcanhares
acoitados pelas pedras e pelo peso do ontem
então mudei a minha cabeça
arquivei algumas memórias
modifiquei os pensamentos
curei os pés
e decidi usar os sapatos da perseverança
agora caminho pela beirada do abismo interior
recebendo as alfinetadas da solidão
mas eu sei que o caminho vale a pena
pois o aprimoramento do coração não é uma ilusão
- é uma premissa verdadeira.
Isabel Furini
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Imagem gerada pela IA Bing |
Ser mais ser – essa ideia dos livros de Platão
renasce em cada amanhecer
cada vez que tento conhecer meu próprio eu
ser mais ser – impulsiona-me
através da ponte da ilusão
ser mais Ser - como o condor
que seus medos mais profundos arrasa
e estende as suas poderosas asas
e avança sentindo a pesada âncora do silêncio
que perpassa suas retinas e seu coração
o condor estende suas enormes asas
e com seu olhar íntegro e agudo
sobrevoa os muros
e invade o infinito.
Isabel Furini
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Imagem gerada pela IA do Bing |