sexta-feira, 27 de março de 2020
A obstinação da madeira
A OBSTINAÇÃO DA MADEIRA
em cada fragmento da madeira
está oculta
a lembrança obstinada dos raios do Sol
o mesmo acontece com o olhar do idoso
(seja um olhar terno ou rude)
nele estão ocultos
os obstinados sentimentos dolorosos
e os sonhos irrealizados da sua juventude.
Isabel Furini
Agora - poema de Isabel Furini
AGORA
um desígnio metafísico
inesperadamente me empurra para o presente
e me obriga a nadar sempre
nas águas do rio do eterno agora
e nesse eterno agora estão entrelaçados
os sonhos de amor
e a solidão.
Isabel Furini
quarta-feira, 25 de março de 2020
Namida Taiko - a venda na Amazon
Ficar em casa esperando que a epidemia diminua a sua força, pode ser tedioso para muitas pessoas. É preciso procurar atividades diferentes: cozinhar, assistir Tv., costurar, fazer artesanato, ler… hoje vamos falar sobre leituras. Há poucos dias entrou na Amazon um romance dos escritores Franccis Yoshi Kawa e Helena Douthe, cujo título é “Namida Taiko”. O título poderia ser traduzido como “lágrimas do tambor”.
Franccis é natural de Arapongas, norte do Paraná, ele mora em Curitiba, e para escrever o livro fez uma longa pesquisa, viajou para sua terra natal, entrevistou pessoas, participou de reuniões e festivais dessa região. Franccis e Helena se reuniram e aos poucos foram surgindo os personagens.
Namida Taiko conta a história dramática com respingos de humor. Os mistérios, o amor e a morte bordejam a vida dos personagens. O livro revela costumes das comunidades japonesas no Brasil. O romance fala da geada de 1975, onde foi devastada – em apenas uma noite –, plantações de café das colônias japonesas do Norte do Paraná, deixando muitas pessoas na aflição e na miséria. Cada um dos personagens escolherá um caminho diferente. Nessas escolhas será revelado os sonhos e o caráter de um deles.
Serviço:
Livro: Namida Taiko
Autores: Franccis Yoshi Kawa e Helena Douthe
A Venda: Amazon - https://www.amazon.com.br/Namida-Taiko-Franccis-Yoshi-Kawa/dp/8562241830
segunda-feira, 23 de março de 2020
Antologia Sabores da vida
O conto "A Biblioteca de Augusta" da escritora Isabel Florinda Furini foi selecionado no III Concurso Bunkyo de Contos para a Antologia "Sabores de Vida". O livro foi lançado em um evento realizado na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, a produtora cultural Mara Porto e o jornalista Mauricio Coutinho representaram a Isabel Furini.
Os contos foram escolhidos pela Comissão de Atividades Literárias – Seção de língua portuguesa – em novembro 2019, na sala multiuso do Bunkyo.
O concurso contou com a participação de 287 inscritos. O jurado escolheu os três primeiros classificados e mais 33 trabalhos para fazer parte da Antologia.
O evento foi prestigiado por escritores e amigos. Foi presença marcante do evento o Cônsul Geral do Japão em São Paulo, senhor Yasushi Noguchi.
Xô, vírus reizinho!!! - Poema infantil de Elciana Goedert e Isabel Furini
XÔ, VÍRUS REIZINHO!!!
A criança inteligente
Evita ficar doente!
Faz a tarefa de casa,
À família leva informação.
Ao chegar da rua, avisa:
- Todos devem lavar as mãos
E desinfetar com álcool gel.
Aos seus próximos enfatiza:
Se tossir, não vá pra multidão.
Nestes dias de isolamento
Aproveita e improvisa
Hora de divertimento,
De soltar a imaginação!
Dias de curtir os brinquedos,
Os jogos de computador,
Brincar com seus irmãos,
Ou assistir televisão.
Seguir as orientações
A mantém saudável,
Sem implicações.
Mudamos a previsão:
Tudo ficará favorável.
Elciana Goedert e Isabel Furini
![]() |
Ilustração de Isabel Furini |
sábado, 21 de março de 2020
O rosto do coronavírus (Poema de Isabel Furini)
Deus nos salve da gripezinha
- porque tem um rosto ingênuo,
mas é forte e poderosa
e matou muitos no Bérgamo,
em Wuhan, em Paris e em Zaragoza.
Por onde o coronavírus passa,
ouvem-se gritos e prantos...
As mãos ficam trêmulas,
os olhos cheios de espanto.
Os Anjos elevem seus cantos!
Que o bom Deus nos ilumine!
Que o vírus perca sua força,
e nunca mais contamine.
Isabel Furini
![]() |
Arte digital de Isabel Furini |
quinta-feira, 19 de março de 2020
O barquinho medroso (Poema infantil de Isabel Furini)
O pai o observa e fala:
Cuidado com o vendaval!
O barquinho fica assustado
E começa a chorar.
Buuaaaaa! Buuaaaaa!
O pai o consola.
Aconselha voltar à praia
O barquinho quase desmaia...
Era o seu primeiro vendaval!
O pai o incentiva:
Lute! Você pode navegar.
O barquinho volta para a praia
E na areia encalha.
Estou salvo! Estou salvo! –
Grita o barquinho encalhado,
E um pequeno caranguejo
Fala: - Nesse barco eu embarco.
O barquinho e o caranguejo
Esperam a tempestade passar.
Mais tarde, o papai barco observa
O barquinho e o caranguejo
Navegar e dançar.
Isabel Furini
quarta-feira, 18 de março de 2020
Roma sem turistas (Poema de Isabel Furini)
Fotografias antigas (Poema de Isabel Furini)
FOTOGRAFIAS ANTIGAS
a fotografia resplandecem
nas curvas do espaço-tempo
e multiplicam as lembranças
- vagalumes arrastrados pelo vento
afastam-se das escuras cavernas
e projetam alegres momentos
Isabel Furini
terça-feira, 17 de março de 2020
Coronavírus (Poema infantil de Isabel Furini)
Conselho do gnomo Piringuindim:
Durante a epidemia do Coronavírus fique em casa.
CORONAVÍRUS
Quarentena é necessária!
Não adianta a teimosia,
porque essa epidemia
avança, destrói, ataca
ao pobre e ao diplomata.
A criança inteligente
evita ficar doente!
Faz as tarefas de casa,
lava muito bem as mãos,
brinca com os irmãos
ou assiste televisão.
Isabel Furini
Durante a epidemia do Coronavírus fique em casa.
CORONAVÍRUS
Quarentena é necessária!
Não adianta a teimosia,
porque essa epidemia
avança, destrói, ataca
ao pobre e ao diplomata.
A criança inteligente
evita ficar doente!
Faz as tarefas de casa,
lava muito bem as mãos,
brinca com os irmãos
ou assiste televisão.
Isabel Furini
quinta-feira, 12 de março de 2020
O concurso musical - poema infantil de Isabel Furini
O CONCURSO MUSICAL
Foi um concurso trabalhoso,
difícil a decisão!
O jurado duvidava
e as cabeças giravam,
como um antigo pião.
O mais musical é o barco
faz Tchiuuumm … Tchiuumm ...
Não! - gritava outro jurado -
O mais musical é o avião!
Seu som faz lembrar o rojão.
Slam! Blam! Faz a porta
do avião quando é fechada.
Brrrr trommm! Brrr trommm!
Faz o avião na tempestade.
- E você, jurado Zecão?
- Eu voto no caminhão.
Seus motores fazem ruídos
que estremecem o coração.
Brooommm!! Brooommm!!
E o trem? Esqueceram do trem?
Porque a meu ver,
o mais musical do mundo
é o apito do trem!
Piuíííííííí! Piuíííííííí! Piuíííííííí!
Assim as horas passavam
sem nenhuma conclusão,
até que um jurado zangado
acaba com aquela indecisão:
- Todos estão empatados!
Gritou com voz de tenor.
E saíram todos cantando
felizes com a competição.
Seguiam o trem e o caminhão
ao lado do barco e do avião.
E cada um deles dizia:
“Eu sou um grande campeão”.
Isabel Furini
![]() |
Desenho de Marco Teixeira |
![]() |
Arte digital de Carlos Zemek |
quarta-feira, 11 de março de 2020
Respiração Poética
RESPIRAÇÃO POÉTICA
Aproximou-se do espelho
e projetou a luz
de uma estrela da Constelação do Corvo
na sua garganta
e de sua língua surgiu um poema novo
(tremulante)
agoureiro e sombrio como um corvo
construído com palavras e silêncios
um poema dilacerado
Isabel Furini
sábado, 7 de março de 2020
Regressar?
A mulher com pés descalços
a boca torta
os dentes tortos
e o delicado chapéu azul
ouve o farfalhar de asas de anjos
e tenta abrir os olhos
nesse momento percebe
que está em seu próprio funeral.
Isabel Furini
sexta-feira, 6 de março de 2020
O gatinho pintor ( Poema de Isabel Furini)
O GATINHO PINTOR
O gatinho pintou um quadro
e não era um quadro abstrato.
Era a pintura de um rato
mordendo um lindo sapato.
O rato ficou zangado
e falou mal-humorado:
- Eu nunca mordo sapatos…
Quem morde sapatos é o gato.
O gato com calma falou:
- Desculpe, amigo rato.
Acontece que sou um pintor
com forte imaginação.
Isabel Furini
segunda-feira, 2 de março de 2020
Feminicídio - Poema de Isabel Furini
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